Um pequeno televisor e um micro-ondas antigo se destacam em meio a um amontoado de roupas, acolchoados e utensílios domésticos. Eles estão cuidadosamente guardados e há meses não são usados.
Mas César Kazutoshi Sogabe, de 52 anos, tem esperanças de voltar a utilizá-los um dia, quando finalmente deixar de morar na rua.
O brasileiro vive num abrigo improvisado debaixo da marquise de um conjunto habitacional na cidade de Nagoya, na província de Aichi.
Ele vive lá há pouco mais de duas semanas, mas já está sem teto desde novembro do ano passado, quando perdeu o emprego numa empresa de reciclagem de lixo. “Todos foram mandados embora e a firma fechou as portas”, conta.
Quer saber mais sobre a história do César? Confiram a matéria no site da BBC Brasil.
6 comments:
Se ele tivesse algum parente no Brasil que pudesse acolhê-lo, seria sábio pegar a ajuda do governo e sair fora né? Daqui a pouco chega o inverno de novo. Viver nas ruas não é fácil nem para conseguir outro emprego sem residência fixa.
Kisu!
Bah, meu palpite é que o pessoal que pode mas não volta são aqueles com problemas outros que não de ordem material.
Boa parte venho ao Japão não pelo dinheiro mas para recomeçar do zero e deixar a vida complicada que tinham lá.
Retornar significaria retormar a vida lá. Se bem que não sei dizer se é esse o caso do César tratado acima.
Nesse aspecto acho que gente que voltou numa boa sem tem que precisar fazer pazes com o seu passado, como você, é feliz. Pelo menos é o que infiro lendo seu blog.
Por estar tramitando nova moradia e uma recolocação no mercado de trabalho, venho acompanhando de perto a situação de pessoas como o César. Tenho visto funcionários fazendo muito mais do que sua obrigação, assim como funcionários de um descaso e frieza alarmantes.
Situação bastante complicada, onde não há respostas fáceis. Triste, complicada, porém, previsível.
Gostei da matéria!
Abraços!
muito triste não ter um lar, um teto, puxa vida me corta o coração isso, ainda que é um conterrâneo nosso. E o seguro-desemprego, igreja, associação, prefeitura? não podem ajudar o brasileiro?
Sei que muitos brasileiros, ao término do seguro-desemprego, e se ainda estão desempregados, podem recorrer a um empréstimo, no próprio Hello-work.
tomara que tudo dê certo pra ele.
madoka
É preciso ouvir o César. Para a ajuda ser eficaz tem que se conhecer os problemas dele para além do desemprego.
Oi Ewerthon, como vai? Aqui é o Celso de Nagoya. Você me conhece, creio que se lembra quando fomos ver a corrida de Formula 1 em Suzuka.
Recentemente vim a conhecer o seu blog através do "Muito Japão 2". Achei interessante essa matéria sobre o sem-teto brasileiro. Você sabe se ele continua na mesma situação? Se ele continua no mesmo lugar?
Participo de um grupo de voluntários que atende os sem-tetos de Nagoya e, no caso, gostaria de entrar em contato com essa pessoa.
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