Friday, July 09, 2010

O caso Bruno


Acho que todos têm acompanhado o caso do goleiro Bruno, principal suspeito de mandar matar a ex-amante Eliza.

Por causa deste episódio, fui dar uma pesquisada para ver como o assunto da violência contra a mulher é tratado aqui no Japão, um país tradicionalmente machista e que há apenas poucas décadas passou a valorizar mais o trabalho das mulheres.

Quem trabalha aqui sabe que, mesmo exercendo funções idênticas, a mulher ganha um salário menor.

Bom, o fato é que aqui, violência doméstica é um assunto que só ganhou o respaldo da Justiça há pouco mais de uma década. Até então, era visto como um problema familiar. Por ser um tema novo para a sociedade (sempre existiu a violência doméstica, mas nunca foi discutido abertamente por aqui), o termo ganhou nome em inglês: domestic violence (mais popularmente conhecido como DV).

Um país de primeiro mundo, com uma tecnologia tão desenvolvida, ainda engatinha quando se trata de direitos humanos. E não é só a violência contra a mulher (ou os filhos) que precisa ser mais discutida por aqui não! As minorias (étnicas, sexuais etc.) também sofrem.

Bom, esse post foi só para aproveitar o gancho do caso Bruno, que ganhou destaque na mídia internacional também.

Aproveitem e vejam a reportagem sobre violência doméstica no Japão feita pela ex-correspondente na Ásia da Record, Catarina Hong.

3 comments:

Bah said...

Bom, nda justifica a violência, porém nessa história todo mundo tem a sua parcela de culpa. Uma que quis tomar vantagem tendo filho de um jogador, que por sua vez, queria se isentar de uma paternidade e, consequentemente uma pensão gordinha. Existem inúmeras marias-chuteiras nesse nosso país, que passam a vida tentando ser modelo pra agarrar o primeiro jogador com a arte da sedução e fazer um gol (filho) na vida...

Kisu!

Anonymous said...

O Brasil é um país extremamente machista e opressor, o caso é que é um goleiro de um grande time do Rio de Janeiro, mas quantos casos de discriminação e violência que não chegam na grande mídia? O que nos deixa enojadas nesses episódios de violência contra mulheres, é do revertério sutil até, que conseguem tornar a vítima, a culpada. Transferem mais ou menos dissimulada, a culpa do assassinato para a vítima. Como se ela tivesse pedido pra morrer.
Vc como jornalista, nós mães e educadoras, não podemos mesmo nos recusar a pensar e refletir sobre esses assuntos tão urgentes e outros mais que envolvem violência. É como uma colega blogueira falou: não podemos deixar de falar e falar e falar muito, contra a discriminação, o machismo e violência para combatê-los mesmo, mesmo que seja uma gota no oceano.
Bjão Ewerthon
madoka

Pequenas Cousas said...

Falar em violencia contra a mulher no Japao sem mencionar o caso do stalker de Okegawa é como falar de futebol brasieiro sem falar de Pele.

O caso de Okegawa foi o divisor de aguas , ate entao, a policia nao enquadrava ninguem que perseguisse mulheres. Foi graca a investgacao do reporter Kyoshi Shimizu que trabalhava para a entao revista Focus que a lei japonesa anti stalker foi estabelecida.