Wednesday, January 21, 2009

Não somos bem-vindos



Esse vídeo eu "roubei" do blog do Leandro porque achei legal divulgar para mais pessoas verem como muitos japoneses pensam a respeito dos estrangeiros em geral, mas principalmente em relação a nós brasileiros.

Mostra um destes nacionalistas japoneses falando sobre brasileiros, que não são bem-vindos no país.

"-O Japão é dos japoneses!Uma nação que construímos com nosso suor.O que vcs estrangeiros vem fazer aqui?Vcs não respeitam as boas maneiras,não respeitam as regras da nossa sociedade.Quando nós vamos pro exterior ,nós respeitamos as regras locais,porque vc não conseguem fazer o mesmo...?"

Eu penso da seguinte forma: não dá para generalizar e ficar fazendo protesto deste nível ai. Existe muitos (muitos mesmo) brasileiros que não estão nem ai para o Japão. Querem só sugar. Não receberam educação suficiente para entender que na casa dos outros a gente se comporta conforme as regras do lugar.

Mas não é a maioria. Concordo com o Leandro quando diz que esses "furiyo" (as pecinhas "estragadas", as "laranjas podres") deveriam ser enviados de volta pro chiqueiro deles. Mas as coisas não funcionam assim, infelizmente.

Propaganda divertida


Vou sair um pouco do tema Japão...

Achei essa série de propagandas super divertida e merecedora de um post.

Meio machista, há que se dizer. Mas muito bem bolada, e o Paulo deve concordar comigo não? Digo o Paulo, porque sei que ele adora coisas criativas... hihihihihii

E mulheres: vocês também concordam, não?

A pergunta: o que passa por sua cabeça quando alguém te convida para beber?



A última:

Tuesday, January 13, 2009

Cartas da guerra


Essa foi publicada na revista Alternativa, no final do ano. Mas como foi pouco divulgada pela mídia em geral, achei legal republicar aqui. Além do que adoro História. Mas antes de ir para os fatos, queria contar um detalhe da apuração da matéria. No caso, foi como consegui a foto. A imagem que vocês vêem ai em cima é Cortesia do Conselho de Educação da Prefeitura de Oita. É lá que foi parar a tal carta.

Liguei para o tal conselho, expliquei o que queria e eles disseram que não tinham a imagem. Só o museu local é quem tinha. Liguei para o museu e o "tiozinho" não quis saber de muito papo -- ele claramente não estava preparado para um pedido de imprensa. Recorri à Associação de
Intercâmbio Internacional, que ligou no Conselho de Educação e, 15 minutos depois, a mesma senhora que tinha me atendido na primeira vez me ligou e disse que estava enviando a foto pelo email. Ué, ela não disse que não tinha a foto?? Vai entender esses japoneses... Agora vamos à história:


Duas cartas encontradas no final do ano passado no Japão mudaram a imagem do almirante da Marinha Imperial Japonesa, Isoroku Yamamoto (1884-1943). “Se dependesse dos meus verdadeiros sentimentos (em relação aos ataques aos Estados Unidos) eu não seria capaz de seguir em frente com essa obrigação que me foi designada”, escreveu ele.

Caso tivesse seguido seus “sentimentos”, a história poderia ter sido outra. Yamamoto foi o mentor dos planos de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, na manhã de 7 de dezembro de 1941. O bombardeio culminou na entrada oficial dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e no início da Guerra do Pacífico.

O militar, na verdade, foi um forte defensor da solução diplomática para o conflito. Mas ele sabia que os partidários da via militar, cujo maior entusiasta era o almirante Osami Nagano, estavam cada vez mais perto de conseguir empurrar o país para a guerra.

Então Yamamoto tratou de elaborar o melhor plano possível para o complicado ataque. Mas o levante foi considerado um fracasso, pois os norte-americanos não só se recuperaram rapidamente, como responderam com ataques violentos ao arquipélago. Se tivesse sido outro o mentor da estratégia militar, talvez a história seguisse outro rumo.



Contra a guerra
A descoberta das cartas, uma datada em 31 de maio de 1938 e a outra em 8 de dezembro de 1941, mostram o verdadeiro sentimento do oficial japonês em relação à guerra. “Eu sou contra a vontade popular (de nos aliar à Alemanha e à Itália) e vou descobrir as dificuldades de pensar assim”, registrou na primeira mensagem. “Alguém sabe o tamanho da dificuldade de colocar a vida em risco por discordar de algo que é senso comum?”, questionou.

As correspondências originais ficaram em poder do vice-almirante Teikichi Hori (1883-1959), um grande amigo de Yamamoto, e estavam escondidas esse tempo todo entre os pertences do oficial na casa do neto dele.

Elas vieram à tona depois que pesquisadores do Arquivo Histórico descobriram que Yamamoto era contra o Pacto Tripartite – o acordo assinado em Berlim em 27 de Setembro de 1940 pelos representantes da Alemanha nazista, da Itália fascista e do Japão, e que formalizou a aliança conhecida como Eixo.

Akiko Yasuda, pesquisadora-chefe, contou à imprensa japonesa que eles haviam achado fragmentos das idéias de Yamamoto nos arquivos de Hori. “Mas tínhamos dúvida se as frases eram realmente do almirante. No entanto, a descoberta (das cartas originais) prova a veracidade”, disse.

Agora, as peças estão sob os cuidados do governo de Oita, província natal de Hori, e ficaram expostas ao público até o dia 14 de dezembro no Arquivo Histórico de Sabedoria Antiga da Prefeitura de Oita.

Sunday, January 11, 2009

Apple na maçã

Achou esquisito o título? Confira a foto:


Pois é, aqui no Japão uma fazendo resolveu colocar a famosa maçã da Apple nas suas maçãs. Também tem uma versão do iPod e outra de coração.

Mas esta não foi a primeira vez que uma produtora de frutas fez isso por aqui.

No final de ano é "comum" inventarem esse tipo de coisa para desejar, por exemplo, prosperidade no ano que vai vir.

Como o produtor conseguiu a façanha? Ele colocou adesivos com o formato da marca na casca da maçã ainda verde. Funcionou como um bloqueador. Sem tomar sol, a casca ficou com a marca desejada.



A notícia foi dada em primeira mão por um blogueiro japonês aficcionado pela Apple.

Saturday, January 10, 2009

Cerveja de chocolate


O Japão é famoso pela produção de saquê, a bebida feita à base de arroz. Mas é a cerveja a que faz mais sucesso nos bares. Diversas marcas disputam o concorrido mercado e, para conquistar os exigentes paladares dos japoneses, a criatividade rola solta. A mais recente novidade (no Japão, porque em outros países já existe) é a cerveja de chocolate.

A Sapporo, uma das maiores fabricantes de bebidas do Japão, em conjunto com a Royce, que produz chocolates, vai lançar no mercado uma versão da bebida alcoólica feita de cacau.

A notícia não é nova e já foi dada por dois amigos blogueiros: o Caruso e a Bruna.

A Chocolat Brewery, com aroma adocicado de chocolate e gosto amargo, poderá ser comprada a partir do próximo dia 14 de janeiro (data do meu aniversário, para quem não sabe). Mas as vendas são exclusivas pela internet (http://www.sapporobeer.jp/chocolatbrewery/index.html).


A novidade, porém, vai durar pouco. Serão comercializados apenas 20 mil caixas com três unidades. Cada conjunto vai custar cerca de R$ 34 e a data limite para a compra será dia 23 de janeiro. Depois disto, a fabricante vai cobrar outros 12 mil kits em lojas de conveniência em Hokkaido, província onde está sediada a matriz da Sapporo.