Tuesday, February 28, 2006

Ainda os preparativos

Pessoas,
Antes de mais nada, gostaria de agradecer o apoio dos amigos. Sinto-me (a Karie detesta o português polido, e correto. Na verdade, ela detesta ênclises e conjunções coordenadas adversátivas) bem melhor hoje. E quero deixar claro aqui que apenas usei a expressão da Rachell. Ela nunca me disse que eu era uma fraude!!

Bom, o fato é que resolvi fazer como o Emerson e não me preocupar com os outros. Sei que existem milhões de plocs e tenho de admitir que o meu pelo menos tem leitores assíduos. Poucos, mas tem.

No mais, ainda estou nos preparativos para a mudança. Tem tanta coisa aqui em casa. Já dei dois sacos de roupas, panelas, tupaveres (tapaueres, tapaware, tupaware... ou simplesmente recipientes de plástico), apetrechos de cozinha, comidas etc.

Mesmo assim, ainda tenho milhões de coisas aqui. Acho que só de CD, DVD e livros já dá umas duas caixas grandes...

Mas agora estou muito mais animado. As coisas estão dando certo e tenho "dois braços direitos" que me dão muito apoio: o Kuni e a Rachell.

Bom, gente é isso.
Estou me animando. Para o alto e avante!

Sunday, February 26, 2006

Preparativos


Pessoas,

estou meio decepcionado com meu ploc. Parece que ele não decola nunca. Agradeço, de coração, meus leitores assíduos. Os de sempre. Já fiz propaganda, já fiz promoção e nada. Ouço muitos dizerem que lêem, não sei se por piedade, por eu ficar enchendo o saco ou só para dizer que leram mesmo.
Inspirei esse post num outro, escrito pela Karie, do Meu Japão é assim... Ela estava triste com o ibope. Eu estou é arrasado. Já teve post colocado aqui que não teve comentário nenhum!!! Gente, será que tá tão ruim assim?
Estou até pensando em deletar esse ploc e criar outro. Ou melhor, fazer igual ao Emerson, do Project Andromedra. Criar um espaço só para mim. Só para eu anotar coisas e rascunhar textos...

Preparativos para mudança

E por falar em mudar coisas, estou à toda no preparativo para me mudar para Tokyo. Voltar para a capital japonesa me dá um certo frio na barriga. Não pelo fato de voltar a morar lá, mas o novo serviço... Às vezes fico pensando se tenho capacidade e experiência suficientes para assumir algo tão importante... Como diz a Rachell, ¨EU SOU UMA FRAUDE!!!¨
É sério. Acho que sou um anarfa, não entendo nada de nada e mal consigo ter uma constância nos meus textos. Tem uns ótimos, que até eu fico surpreso com a qualidade. Mas tem outros... Não entendo de artes. Não entendo de informática (hardware e afins). Não falo japonês direito. Não consigo discorrer sobre teorias sociais. Sou péssimo em filosofia e, apesar de adorar geopolítica, não entendo muitas das gerras civis... Há uma infinidade de coisas que não sei e, por isso mesmo, será que sou ou estou apto a comandar uma equipe??? Ai, dúvida cruel...

Bom pessoas, é isso.
De qualquer forma, para o alto e avante!

Friday, February 24, 2006

Muito trabalho

Pessoas,
não estou conseguindo escrever aqui diariamente. Muito trabalho. Sei que alguns pensam que eu não faço lá tanta coisa, mas eu estou atolado de serviço para fazer. Os fósforos do meu cérebro estão se acabando aos quilos. Mas eu gosto é assim: ter sempre algo para fazer e, de preferência, coisas que me dêem muito trabalho. Gosto de desafios.

Bom, então este post era só para me desculpar pela falta de educação com meus leitores.

É isso. Para o alto e avante!

Wednesday, February 22, 2006

O Japão é incrível: comida

Pessoas,
Hoje vou falar de comida. Estou meio sem paciência e tempo para cozinhar. Quando isso acontece, recorro a algumas comidinhas rápidas, fáceis e baratas aqui no Japão. Uma delas é o ochazuke, uma espécie de ensopado de arroz com alguma coisa. Adoro. Ou então, arroz com furikake (uma espécie de pó com vários sabores para colocar sobre o arroz) ou disukemono (legumes em conserva). Mas o que mais gosto de fazer e comer é natto. Hoje mesmo eu comi arroz com natto. Só. Ah, e uma salada de moyashi (broto de feijão).

Natto é, na verdade, soja fermentada. Uma delícia. Entretanto, grande parte dos estrangeiros detestam. Muitos japoneses também não comem. É a comida divisora de águas por aqui.

Quem não come, diz que não o faz por causa do cheiro e da aparência melequenta. Mas tenho de admitir que é uma das comidas que mexe com nosso cinco sentidos. Tem gente, como o Carlos, que não suporta nem olhar para o negócio.
Eu, para melhorar -- ou piorar -- o prato, acrescento um ovo cru e shoyu (molho de soja).
Abaixo, um pequeno texto em inglês, que tenta explicar o tal do natto.

Rotten Soybeans! Toxic! Do not eat!
Natto, fermented soybeans, is part of an elaborate joke played on foreigners in Japan.
Of our five senses, sight and smell tell us that natto is not something to be put near our mouths. If you can imagine putrid beans covered in slime, you don't even need to open the packet. It's most popular in Tokyo, where the smell of the filthy ocean makes natto seem fragrant.



Vou arranjar uma foto para vocês.
Por enquanto é isso. Para o alto e avante!

Tuesday, February 21, 2006

O Japão é incrível: tecnologia



Pessoas,
vou começar aqui mais uma série. Agora quero falar mais sobre o Japão, sobre a sociedade, as comidas, os diferentes costumes, a tecnologia... são coisas que muitos conhecidos, amigos e familiares que estão no Brasil ou em outro país sempre me perguntam.
Para começar, vou falar dos parques indoor -- especial para Maíra, do Caravela Brasileira.
Há algumas semanas ela me enviou um email perguntando se era verdade que aqui no Japão havia praias indoor, artificiais. Pois pasmem. Aqui foi construída a maior praia artificial do mundo. Fica em Miyazaki, ao sul do Japão. O nome é sugestivo: Ocean Dome. Dá para imaginar a grandeza do local né?
Sol, areia e surf, no melhor estilo paradisíaco e sem dever nada à Mãe Natureza. Lá a praia é imaculadamente branca, a água do mar azul turqueza e o céu quase que totalmente "aberto", sem nuvens -- quando há sol de verdade do lado de fora, o teto se abre por completo!!! Não há insetos, areia voando ou pernilongos. A temperatura é sempre agradável, por volta dos 30 graus, 365 dias por ano. Há um vulcão de mentirinha, que a cada hora solta fumaça e expeli fumaça e lava de mentirinha também. As árvores são artificiais. As ondas também. Mas é, sem dúvidas, um paraíso para Beach Boys nenhum botar defeito. É uma versão moderna, poderíamos dizer, do Jardim do Éden. Nem Deus imaginou uma praia tão perfeita. Os japoneses sim.

Vejam as fotos. Elas foram enviadas pela Maíra. Não sei a fonte e nem o crédito.

É isso. Para o alto e avante!

Thursday, February 16, 2006

Mais micos...

Pessoas,
esse mico quem fez eu e a Rachell pagar foi a Karie.
Lembro-me como se fosse ontem do dia em que levei as duas para conhecer e serem conhecidas pela Embaixada do Brasil em Tokyo. Aquela formalidade toda.
Tudo corria tranquilamente. Eles perguntavam, as duas respondiam. As duas perguntavam, os diplomatas respondiam. Temos uma relação bem boa com a representação brasileira e isso deixava a conversa mais tranquila e informal.
Mesmo assim, tomávamos todo cuidado com as palavras etc e tal. Eis que num determinado momento, a Karie ficou muda. Não falava nada. De repente, no meio da conversa, ela levanta a mão. Todos olham para ela.
"Posso perguntar uma coisa?"
"Sim, claro", responde amável e educadamente.
"Onde é o banheiro?", lança.
Eu e a Rachell fizemos aquela cara. E para piorar, o diplomata ofereceu o banheiro da própria sala. Imagina a gente tendo de ouvir a cachoeira! Foi um micão!
É isso. Para o alto e avante!

Wednesday, February 15, 2006

Mico??

Pessoas,
a Rachell tá inspirada. Lembrou de várias situações nas quais pagamos mico... mas que valeram boas e ótimas risadas.
Na mesma Foodex do post anterior, fomos tomados de um ímpeto glutão. Queríamos experimentar de tudo. E este foi o maior erro. O TUDO. Num certo estande, estavam servindo um suco de mix de vegetais e frutas. Tinha três tipos. Peguei um e, como já estou acostumado com esse tipo de bebida, ela desceu naturalmente. Mas a Rachell, coitada. Ficou ali, com o copo na mão, em frente da mocinha do estande, sem saber o que fazer. "Ai, é horrível. O que faço?" Jogar não dava. Fazer careta muito menos. "Tá vendo? Olho maior do que a barriga no que dá?" Eu, é claro, só ria. No fim, tive de tomar o suco dela. Não tinha outra saída.

Quem não gosta de sorvete?

A pergunta é intencional. Com certeza, são pouquíssimos os que não curtem um gelato. Mas certo dia, eu a Rachell fomos novamente para uma incursão gastronômica. Era um tipo "museu" do sorvete, em Tokyo -- Ice Cream City. Lá, é claro, tem sorvetes do mundo todo, de todo tipo e variedade. Uma tentação! Mas fomos lá por causa de uma seção exótica: sorvetes diferentes -- ou seria melhor, esquisitos? Só um detalhe: neste local, uma espécie de parque de diversões, há também um museu do gyoza, aqueles pasteizinhos chineses. Há de todo tipo também.
A variedade era imensa. Então, como não dava para experimentar todos, fizemos um jogo. Eu iria lá comprar um, ela experimentaria sem saber e tentaria adivinhar do que é...
Morri de medo, pois lá tinha sorvete de camarão, de lula, de pepino e tudo o que a sua mente pensar...
No fim, tomamos sorvete de carne de cavalo crua, com pedacinhos da carne, de dorian (aquela fruta que cheira bueiro e privada de banheiro público), de beringela, de vinho e a Rachell ainda tomou de frango assado.
Para terminar, fui tomar um de yogurte com mel, para tirar aquele gosto horrível da boca.
Foi ótimo!!

Olha a nota que saiu num site americano sobre o local:
Japanese ice-cream lovers have swapped traditional flavours such as raspberry ripple for something a little more exotic - horse-flesh.
As Tokyo swelters in soaring temperatures, people are being invited to cool off by choosing from a variety of unusual flavours.
Garlic, potato and lettuce, and cactus and seaweed along with raw horse-flesh are now available in Japan's shops.
Adventurous ice cream lovers not tempted by those flavours could try soybean and kelp or strawberry and spinach.

É isso. Para o alto e avante!

Tuesday, February 14, 2006

O mico da Foodex


Pessoas,
a Rachell lembrou e resolvi contar aqui o mico da Foodex. Antes que alguém pense besteira, Foodex é uma feira enorme de comida (corruptela de food e exposition) realizada anualmente aqui no Japão. O Brasil sempre participa e traz novidades que vão invadir o mercado japonês.
Teve um ano em que fui com a Rachell. Fomos fazer uma série de matérias para o caderno de variedades.
Tudo corria tranquilamente -- ou quase, pois o espaço lá é enorme e, depois de experimentar de tudo, não havia estômago que aguentasse e nem pernas que suportasse o aumento do peso -- quando paramos em frente a um estande de sei lá o que. Tinha um chef de cozinha preparando ao vivo e em cores um delicioso prato Belga (não me lembro se era belga ou de outro país europeu). Enfim, ficamos ali olhando e disse a certa altura: "vai lá Rachell, fala com ele se podemos tirar foto e pegar a receita", pois tínhamos uma coluna no caderno em que um chefe de cozinha dava uma receita. Ficamos naquela enrolação até que resolvemos nos aproximar. A primeira pergunta: "Hello, What are you cooking?"
Ele disse o nome do prato e, na sequência, falou para esperarmos ali do lado do estande que ele já iria servir para todo mundo. Meu Deus! Quase morri de vergonha. Ele pensou que estávamos ali feitos urubus a espera da carniça!
Depois, ao explicar o que queríamos, soou mais como uma bela desculpa.
É claro que nem comemos nada. Fomos embora dali rapidinho. E eu me esburrachei de tanto rir!!!
Ah, sem contar que passamos mal de tanto misturar comidinhas. Também, toma iogurte de leite de cabra e, na sequência experimenta suco de vinagre e ainda come bala de sei-lá-o-que... não há estômago que resita.
Mas foi um dia memorável!
Valeu Rachell! Para o alto e avante!

Monday, February 13, 2006

Cerimônia do mochi


Sexta-feira. Era final do dia. O sol ainda brilhava forte, mas o frio era intenso. O vento forte influenciava na sensação térmica e, ali, de pé sobre o solo úmido, a sensação não era das melhores. O pé, que já costuma ser frio, estava era congelado.
Mas o fato de ver uma tradição diferente, e ainda mais ao vivo, fazia meus pensamentos voarem longe. Como seria? O que eu teria de fazer? Calculava onde iria ficar e como iria pegar o máximo de bolinhos de arroz (mochi) que desse. Enquanto voava nas idéias, a dona Antonia, agarrada no meu braço só tremia de frio e questionava quando aquela tortura da natureza iria terminar.
Já eram por volta das 16h15, quando a família, proprietária da casa chegou. A cerimônia estava marcada para 16h30 e, tinha certeza de que não teríamos atraso, uma atitude imperdoável por aqui.
Para quem não está entendendo nada, explico melhor: na sexta-feira participei de uma cerimônia realizada quando se está construindo uma casa nova. Os donos da casa têm de jogar mochi (bolinho de arroz) da casa em construção para dar sorte etc e tal. Quem pega esses bolinhos e come, terá sorte também. Só não pode assar e nem grelhar o mochi, pois o kanji (ideograma) é o mesmo de pegar fogo, ou seja, a casa pode ser tragada por um incêndio. Então, como ninguém quer o pior -- lembram-se que disse que os japoneses são muito supersticiosos --, o melhor é comer o tal bolinho ensopado mesmo. Foi o que fiz.
Quando cheguei ao local, fiquei espantado com a quantidade de idosos. E todos muito bem preparados com cestas e sacolas enormes. E fui perceber depois que eles nem eram vizinhos da família. Apenas ficaram sabendo e, é claro, foram lá pegar os bolinhos. Vocês não têm idéia de como esse alimento é sagrado para os japoneses. Afinal, na época da guerra, era um dos poucos suprimentos que as famílias tinham e que durava muito tempo guardado.
Na hora de pegar os tais bolinhos, eu e a dona Antonia só ríamos. Era muito engraçado. Lembrei-me da minha infância, nas festinhas de aniversário, quando estouravam aquela bexiga enorme cheia de guloseimas e a criançada lá se matando para pegar os doces. Era a mesma coisa, só que ao invés de crianças, idosos. Fui empurrado, amassado e passado para trás. Tudo por causa de um bolinho. Ah, e por idosos!!
Foi divertido. Peguei o mochi e aprendi mais sobre a cultura local. Valeu mesmo.
É isso. Para o alto e avante!

Friday, February 10, 2006

Para não cometer gafes... como eu!

Pessoas,
outro dia fui a um restaurante aqui em Hamamatsu. Pedi um seto (set, em inglês) do dia. Vinha algumas comidinhas japonesas e nada de muito especial. O legal desse restaurante é que você pode pedir okawari (reposição) do arroz. Nunca pedi. Mas naquele dia estava com muita fome e resolvi pedir mais um pouquinho. Mas eu queria só um pouquinho mesmo.
Veio a atendente. Eu, com meu tosco japonês, pedi: gohan o sukoshi kudasai (um pouco mais de arroz por favor). Ele perguntou: ippai desu ka?
Ippai, para mim, sempre significou bastante, em abundância (que palavra feia!).
Então eu lancei: Ippakunai. Sukoshi dake (Não muito. Só um pouquinho).
Ela insistiu: ippai desu né?
E eu: Chigau. Sukoshi. (Não, só um pouco)
Então, ela começou a fazer gesto. Só então entendi e, depois, confirmei com meus amigos que falam japonês. Ippai quer dizer também uma pá de arroz.
Olha o fora!!
É isso. Para o alto e avante!

Thursday, February 09, 2006

Meus amigos


Pessoas,
vou começar outra série. Agora sobre meus amigos. Vou contar um pouco sobre as pessoas próximas e histórias de gente interessante que conheci nas andanças pelo Japão. Para começar vou somente postar a foto da Karie, com o Carlos.
é isso. Para o alto e avante!

Caras e bocas


Pessoas,
Essa é minha última semana em Hamamatsu, a cidade da música (aqui tem fábrica da Yamaha e Kawai, sem contar as faculdades de artes), do unagi (enguia grelhada), do motocross (muitas corridas de motos) e das fábricas de automotivos (Yamaha, Honda, Suzuki). Ah, e a cidade do vento. Venta demais em Hamamatsu. Literalmente, aqui é o lugar onde o vento faz a curva.
Pois vou encerrar minha participação por aqui e queria deixar registrado meu carinho pelos meus colegas, companheiros de trabalho e amigos: Dna. Antonia e o Ken. Vou sentir falta das bobagens que a gente fala a toda hora...
Apreciem aqui os melhores cliques que fiz deles. Olhem as caras e bocas da Dna. Antonia!!! Ah, numa das fotos (a menor, e última) ela está com o Sergio, um conhecido dela daqui de Hamamatsu.
É isso. Para o alto e avante!

A vida é bela 2


Pessoas,
Essa foto eu tirei em Okinawa. Lá o céu é azul praticamente o ano todo -- só quando vem tufão é que as nuvens chegam. Fiz questão de tirar uma foto da nossa bandeira ao lado das outras. Não é linda?
É isso. Para o alto e avante!

Wednesday, February 08, 2006

Padrão?


Pessoas,
Ontem fui ao Nathan's. Para quem não conhece é uma rede famosa de cachorro-quente lá de Nova York. Inclusive, quando visitei a Big Apple pela primeira vez, acabei conhecendo quase que "sem querer" a primeira loja da rede. Ela fica no subúrbio da cidade, cerca de uma hora distante da ilha de Manhattan, na beira da praia, em Coney Island. Nesse lugar -- no bairro -- você parece que está no interior dos Estados Unidos. Tudo muito pacato. Nem parece a agitada Nova York -- essa é uma dica legal para quem for para Nova York, visitar Coney Island. Bom, esse cenário bucólico já serviu de pano de fundo para vários filmes. Um exemplo? Big, quero ser grande, com Tom Hanks. Lembram-se daquele parque de diversões onde o menino coloca a mão numa máquina da sorte e pede para ser adulto? Pois é, o parque existe e só funciona no verão, diga-se de passagem. Vale a pena mesmo visitar o local.
Bom, voltando ao Nathans, para quem não conhece, é a famosa rede que promove o anual concurso para ver quem é o louco que come mais cachorros-quente em 12 minutos. Há cinco anos, o vencedor é um japonês, que come 50 e tantos lanches no tempo estipulado!! Ninguém consegue vencer o moleque. E olha que ele é bem magrinho.
Por que estou falando do Nathans? Bem, fui ontem numa loja da rede que fica aqui no Japão. Há pouquíssimas franquias fora dos Estados Unidos. E qual não foi meu espanto ao ver o local! Muito chique. Diferente das lojas nos Estados Unidos, bem no estilo Mac Donalds, no Nathans do Japão você é recebido por um atendente, que te leva a uma mesa. Nada de ficar na fila. O cachorro-quente, pasmem, vem num prato de louça, todo chique.
O sanduíche, se querem saber, é o mesmo dos Estados Unidos. A famosa limonada também. Só que ao invés de vir num copo de papel, cheio de gelo e enorme (pensem no padrão norte-americano), ela vem num copo de vidro.
Foi legal matar a saudade de Nova York em plena Tokyo, mas era tudo muito fresco. E o pior, a gente tem de pagar por toda essa "comodidade". Eu e o Carlos gastamos 3 mil ienes (cerca de 35 dólares) só para comer dois hot dogs e tomar dois sucos. Ah, pedimos ainda um queijo delicioso frito. Mas é demais não acham?
Bom, é isso. Para o alto e avante!

Sunday, February 05, 2006

Estou de volta...


Pessoas,
depois de uma temporada de andanças pelo Japão, vou voltar para Tokyo. Foram 18 meses longe da agita capital japonesa. Aprendi muito sobre os vários Japão, a cultura, o povo, a comunidade brasileira espalhada pelo arquipélago. Foi uma ótima experiência. Adorei. Agora, vou traçar novos objetivos na minha vida e conhecer um pouco mais da grande Tokyo.
A foto que ilustra essa postagem foi tirada no dia em deixei a redação em Tokyo. Espero que os mesmos amigos estejam me esperando de braços abertos...
É isso. Para o alto e avante!

Saturday, February 04, 2006

Minha Primeira Vez - a estréia!

Pessoas,
recebi o primeiro texto sobre primeira vez...
A primeira a participar da promoção é a leitora/blogueira Maíra Bandeira de Portugal. Ela nos conta aqui como foi a primeira vez... que viu neve! Lindo o texto. Até me encheu os olhos de lágrima também... já contei aqui que sou chorão mesmo.
Então, chega de lero-lero e vamos ao texto.




A Minha Primeira vez!!! Na Neve...

Para participar da promoção do Meu Japão é Muito Mais Legal do Ewerthon, eu resolvi contar como foi a minha primeira vez que vi neve. Bom, na realidade a primeira vez que vi neve foi em uma montanha em Denver, no Colorado, mas daquela vez vi apenas aquele branquinho já no chão, sem muita emoção... Tudo bem que joguei bolas de neve nos amigos, fiz snow angel e até rolei na neve, me diverti um bocado e por muito tempo aquilo foi contado como uma vitória para os amigos que nunca tinham visto, mas não é essa a primeira vez que quero contar, essa não foi emocionante...

Quero contar a primeira vez que vi neve caindo, sim porque para quem já viu neve sabe a grande diferença que isso faz. Ver aqueles floquinhos brancos cairem do céu como que por milagre e alterar completamente a paisagem que você estava acostumada a ver... É disso que quero falar. Então, deixa eu parar com essas introduções e ir direto ao ponto.

Era um domingo em Kearney, Nebrasca – EUA e eu dormia tranquilamente, quer dizer, não assim tão tranquilamente porque eu tinha de acordar a determinada hora para ir trabalhar em um jogo de futebol americano que ia ter na universidade [Eu estava lá estudando e fazer esses trabalhos nas lanchonetes era uma forma de aumentar meu rendimento para conseguir viajar pelos Estados Unidos]. Antes que o meu famigerado despertador tocasse, tocou o telefone, que eu fui atender muito chateada pensando quem seria o chato que iria ter a coragem de me acordar antes do meu despertador! Ninguém tem esse direito!!! E assim se passou o telefonema:

- Maíra, tava acordada?
- Claro que não, sabe que horas são?
- Acorda!!!! Tá na hora!!! Liguei só para te dizer que não precisa ir trabalhar hoje, não vai ter jogo.
- Ah não?! E porque?
- Você já abriu a janela? Abre!!

Qual não foi o meu espanto quando abri as persianas da janela e vejo lá fora aqueles floquinhos brancos caindo... Meus olhos se encheram de lágrimas, eu só queria sair correndo lá para fora com a minha máquina fotográfica para registrar o momento e mandar as fotos como um troféu para o Brasil, até esqueci o telefone... Depois de alguns segundos apreciando o espetáculo lembro do amigo que me deu a maravilhosa notícia e, já com um sorriso no rosto, voltei ao telefone:

- Está nevando!!!!!! Que lindo!!!! Vem pra cá, vamos tirar fotos e brincar na neve!!!!
- Estão todos indo para o catering tomar café da manhã e de lá sairemos todos.

Desliguei o telefone e liguei de imediato para o Brasil, tinha de dizer aos meus pais, tinha de falar para alguém que estivesse vendo aquilo.

- Pai!!! Ta nevando!!!
- Mãe, ta nevando!!!!

Acho que eles nunca entenderam muito bem a minha euforia naquele dia, só quem vê isso de perto, só quem vive esse momento entende. Troquei de roupa, fui encontrar com os outros brasileiros que também nunca tinham visto e estavam lá todos, virados para as paredes de vidro do restaurante com os olhos cheios de água, apreciando a maravilha da natureza. Vimos a paisagem sendo pouco a pouco coberta com aquele manto branco, sendo modificada por completo. Tiramos fotos, brincamos de guerra de neve, escorregamos... Foi mesmo incrível!!!! Ainda me emociono quando vejo a neve cair, não tanto quanto aquele dia, claro.

Meus sobrinhos









Pessoas,
estes são meus sobrinhos: Flaviane Arissa, Fernando (Nando) e Henrique (Rique). Quando os dois se juntam, ninguém aguenta.
É isso. Para o alto e avante!

Friday, February 03, 2006

A vida é bela


Pessoas,
vou começar nova série aqui. A vida é bela (como deu para perceber, aqui neste ploc nada é original...) vai trazer imagens interessantes que capto enquanto for um expatriado. Deleitem-se!

People,
I will begin a new serie. Life is beautiful will bring you amazing pictures that was taken by me. Take a sit and enjoy it!

A primeira foto é uma imagem que adoro! Um urso tomando banho. Não dá vontade de pegar no colo??
A foto foi tirada em Vancouver, no verão (em agosto/setembro) de 2005

Histórias Tobaceanas 3


Pessoas!
É incrível o sucesso das histórias da família Buscapé, ooops, Tobace!
Aqui vai mais uma, bem recente. O título poderia ser: "Cachorro-Samambaia". Afinal, ser Tobace é antes de mais nada, ter uma resposta para tudo. E rápido. Por mais que esteja equivocada.
Numa conversa corriqueira entre duas irmãs , daquelas na qual qualquer assunto é assunto, vem o papo cachorro.
_ Nossa como o Pitchu tá com o pêlo curto!
_ Acho que ele está passando frio!, responde simplesmente a outra.
_ Ué, por que?
_ Levei ele no peto shopu (pet shop, num inglês ajaponeisado) e mandei PODAR o pelo dele.

Agora não se tosa mais animais! Poda-se mesmo!
É isso! Para o alto e avante!

Thursday, February 02, 2006

Histórias Tobaceanas 2

Pessoas,
devido ao sucesso de público e crítica, sem contar os inúmeros pedidos que recebi, vou dar mais uma amostra de como os Tobace são.
Ser Tobace é, como já deu para perceber, não ter papas na língua. Meu primo -- vou omitir os nomes tá -- aprendeu bem cedo essa lição. Estava ele com a mãe dele numa procissão lá no interior de São Paulo. Procissão na rua vocês sabem como é né? Fila dupla atrás do andor, todos rezando e cantando músicas sacras. Aquela coisa de sempre. Eis que num determinado momento, a fila parou. E por azar, minha tia e meu primo, que naquela época devia ter uns seis ou sete anos, fincaram estaca bem do lado de um bueiro, daqueles bem fedidos. Então, meu primo sentiu o cheiro e, naquele silêncio todo, ele perguntou:
_ Mãe, você peidou?
_ Pára de falar besteira muleque! Não tá vendo o bueiro aqui do lado?, respondeu já aflita, envergonhada e irada minha tia.
_ Nossa, mas o cheiro é igualzinho o do seu!, retrucou na santa ingenuidade. O povo que tava do lado não conseguia parar de rir. Imagina. No meio de uma procissão!!!
É isso. Para o alto e avante!

Wednesday, February 01, 2006

O lado obscuro 2

Dal, essa é para você de novo

Pessoas,
estava conversando de novo com aquele amigo japonês e consegui arrancar mais alguns detalhes obscuros do Japão sem quimono...
Ele contou que há casas de sexo (leia-se sexo oral apenas, como expliquei no post anterior) para todos os gostos e bolsos. Tem um que ele foi o qual é especializado em fetiche por pernas. Então, você paga cerca de dez dólares a mais e a menina vem com uma meia calça. Você então pode rasgar a meia todinha e ficar passando a mão na perna... eu hein! Pagar para rasgar meia calça???
Tem outro que ele foi onde as meninas estavam todas vestidas de comissárias de bordo. Essa, não preciso explicar. Ele disse que é bom. As meninas todas altas, esguias... Mas me digam uma coisa: tem graça ir lá só ficar olhando? Vai entender...
É isso. Para o alto e avante!

Histórias Tobaceanas


Pessoas,
Ser um Tobace (nome de família) não é fácil. A maioria dos Tobace é chata, apressada e perfeccionista. Mas é tudo gente boa. Finíssima!
Bom, vou começar a contar aqui algumas histórias pitorescas dessa família "Buscapé". Minhas tias são ótimas, não têm papas na língua e nem parecem que foram criadas no estilo mais tradicional e severo japonês.
Bom, estavam alguns Tobace reunidos na casa de uma das tias -- todas têm um lado jornalístico impressionante! Conseguem arrancar dos entrevistados, aqui chamados de vítimas, quase tudo -- quando começou um interrogatório básico com um dos membros da ala jovem.
_ Você tá nomorando?
_ Estou tendo um "rolo", respondeu a vítima.
_ Ela é brasileira? (a pergunta foi intencional, pois todos já sabiam que ele estava de caso com uma romena. Aqui no Japão, elas são vistas com outros olhos pela sociedade, só porque a maioria, assim como as filipinas, trabalham como hostess)
_ Não, ela é romena!, respondeu.
Só que uma outra tia entendeu que o nome era Romina e continuou:
_ Ela é descendente ou brasileira pura?
Então, pairou um silêncio quase mortal. Dava até para ouvir a respiração do povo... Eis que então, uma das mais engraçadas tias de todas, vira com ar de sabe-tudo e lança:
_ Não. Você não ouviu? Ela é romena. Da ROMA!!!


Eu adoro minhas tias. Essa história verídica mostra o quão simples, ingênuo e querido um Tobace é.

É isso! Para o alto e avante!


Na foto acima, minha tia Yoshime, a autora da célebre frase