Sunday, December 31, 2006
Já está no ar!
visitem o site http://www.reveillon.globolog.com.br/ e acompanhem minha virada de ano no blog da Globo!
Para o alto e avante!
Saturday, December 30, 2006
Novidades
Caros leitores,
tenho uma novidade que me deixou muito feliz.
Fui convidado pelo portal da Globo, o G1, para escrever um blog coletivo sobre o fim de ano. Então, no dia 31, vou começar a postar neste blog. Vou contar algumas coisas das festas de passagem de ano aqui no Japão e outras curiosidades. Não percam. A página já está criada, mas ainda não vou passar o endereço... aguardem. Serão seis brasileiros de seis países diferentes contando um pouco da festa no seu país.
O melhor: serei o primeiro a postar... então, aguardem!
Aproveito para desejar um ótimo fim de ano e que 2007 comece com tudo para todos nós. Boa sorte!! Feliz 2007!!
Para o alto e avante!
Sunday, December 24, 2006
Feliz Natal!
Natal no Japão é triste. Melancólico. Não é a mesma coisa que no Brasil.
Nas ruas você vê um monte de gente, lojas entupidas, muitos (caros e incrementados) enfeites de Natal...
Mas não é a mesma coisa!
A data, puramente comercial para o japoneses - que são budistas ou xintoístas -, não tem a alegria da comemoração à brasileira. Eles só querem saber de comer o tal do Christmas cake e só!
Mas, os brasileiros que estão aqui geralmente dão um jeitinho de transformar a data numa ocasião mais especial. Mesmo que seja um dia comum de trabalho, como este ano.
O jeito, no meu caso, foi fazer uma festinha no dia 24 mesmo. Regado a muita comida e brincadeiras. Como muitos estão sozinhos aqui, reunimos o máximo de gente que deu e fizemos nossa comemoração!
Presente? Acho que só lembrancinhas bastam. O importante, para quem está num outro país e tão diferente culturalmente, o que vale é realmente a fraternidade.
E foi o que senti hoje!
A todos os meus amigos leitores, um Feliz Natal do fundo do coração. Aos expatriados, que esta data seja uma oportunidade de renovar os votos de persistência e obstinação.
Para o alto e avante!
Wednesday, December 20, 2006
Qual seu sabor preferido?
Ibitinga é pequena. Pequena mesmo. Não deve ter mais do que 20 mil habitantes. Mas mais do que bordados, o que guardo de lembrança de lá é o sorvete. Não sei se é porque eu era muito pequeno e não tinha noção das coisas, também porque sorvete é um artigo de luxo para crianças. Bom, pelo menos era. Assim como o refrigerante. Essas delícias só de vez em quando...
Lembro-me do sorvete de coco, de abacaxi, de nata, o skimo (nata coberto de cocholate)... Enfim, sabores tradicionais.
Passados alguns anos (uns 20), cá estou eu num país onde a variedade de sabores foge à lógica. Minha última incursão degustativa foi um sorvete de sal marinho. Não tem como descrever o sabor. Ele é salgado num primeiro momento e depois fica doce, com gosto de creme. E tenho de confessar: ele é muito bom.
Já citei aqui que fui a um museu do sorvete aqui em Tokyo (eu e a Rachell) onde há um espaço para sabores nada convencionais. Tomei o de carne de cavalo (e vem com pedacinhos de carne crua de cavalo), de beringela (e tem o gosto rançoso do legume cru)...
Mas há outras delícias como o sorvete de camarão, de lagosta, de nato (soja fermentada), de ostra, de algas, de shoyu, de frango assado, de lula, de pepino... Enfim, a lista é grande. Se não me engano são mais de mil variedades exóticas.
Esses últimos que listei não sei se são bons. Não tive coragem de experimentar. Mas o de sal marinho eu recomendo. Tem na Disney.
É isso. Para o alto e avante!
Monday, December 18, 2006
Você tem vergonha de quê?
Chapéu na cabeça. Mas não um qualquer. Imagine em formato de macaco. Ou então do Mickey. Melhor ainda: Ursinho Puff. Você teria coragem de sair na rua com um modelo desses?
A pergunta exclui (não por machismo, ou feminismo ou qualquer ismo) as mulheres, já que, em se tratando de algo cuti-cuti, elas não veriam o menor problema em usar algo tão extravangante (ou infantil) - dependendo da ocasião é claro.
Mas aqui no Japão, essas coisinhas nhé-nhé-nhé não encabulam os homens. Não falo da maioria, é claro. Mas é mais fácil encontrar um japonês usando terno cor-de-rosa e bolsa (do estilo que as mulheres usam) a tiracolo do que em qualquer outro lugar do mundo (se bem que não sei o que se passa no mundo todo...).
Bom, o fato é japonês é metrossexual por natureza e também adora coisas "meigas". Duvidam? Tirei essas duas fotos num único dia. Esqueci de fotografar os que andam com bolsa a tiracolo...
E eles não estavam fazendo gracinha não!
É. Isso é Japão.
Para o alto e avante!
Thursday, December 14, 2006
Museus
Japonês adora museu. De verdade!
Nunca vi tamanha quantidade de museus num país. Mas o engraçado aqui fica por conta dos museus inusitados. Há de tudo que vocês possam imaginar.
Para terem uma idéia, aqui em Tokyo e região, na área alimentícia, há o museu do Lamen (macarrão instantâneo), do gyoza (pasteizinhos chineses), do sorvete (foi lá que eu e a Raquel tomamos os inacreditávisl sorvetes de carne de cavalo!, de frango assado, de berinjela, de durian... aaarghhh), do curry...
Geralmente, nesses lugares há peças, livros e tudo o mais sobre esses produtos. Mas a atração principal fica por conta das comidas de verdade. No museu do Lamen, por exemplo, que fica em Shin-Yokohama, há uma réplica de uma vila antiga, com lojas de verdade. Na verdade, são restaurantes e, em cada um há uma variedade de lamen típica de uma certa região do Japão.
O duro é aguentar as filas. Fiquei uma hora em pé para experimentar o lamen de Hokkaido. Valeu a pena.
Mas, saindo de Tokyo, vocês vão encontrar milhares de outros museus inusitados espalhados pelo Japão. Dou algumas dicas: museu do Ursinho Teddy, museu do anjo, museu do Pequeno Príncipe, Museu da árvore de Natal, Museu da Caixinha de Música, museu da boneca de pano, museu dos brinquedos de madeira...
Deu para ter uma noção de como japonês é criativo não? E antes que me perguntem, não visitei todos que citei não. Fui em alguns e confesso que a experiência foi interessante.
O da caixinha de música/do órgão me surpreendeu (foto1 e foto2). Fica próximo do lado Yamanaka, em Yamanashi. Muito interessante.
Nesse lugar, todas as "caixinhas de música" funcionam. Se quiser ouvir alguma, é só pedir para a funcionária botar para funcionar.
Só para citar mais alguns museus, há de personalidades famosas, como o museu do John Lennon, do escritor Yukio Mishima, dos personagens do estúdios Ghibli (do Miyazaki Hayao) etc.
Nesta foto, estou no museu do radar do Monte Fuji. Conta como foi construído o radar que está no topo do Monte Fuji. Foi o primeiro radar meteorológico do Japão. Estou num simulador de temperatura e vento no topo do Mt. Fuji. Muito legal, apesar de ser uma experiência congelante.
Bom, por hoje é só.
Para o alto e avante.
Friday, December 08, 2006
O cara
Dias atrás entrevistei Yamandu Costa.
Tenho de confessar que até a coletiva não conhecia o trabalho do músico. Sabia que era violonista. Sabia que já tinha ganhado alguns prêmios e era considerado o melhor instrumentista da atualidade. Só.
Fiquei sabendo da coletiva umas quatro horas antes. Foi aquela correria, vocês podem imaginar. Fiz uma busca super rápida na net, aprendi um pouco da vida do cara e lá fui eu para a temida entrevista.
Mas como sei que o bom jornalista é aquele que não sabe nada, estava até que calmo. E fiquei mais ainda quando começamos a conversar. O cara é dez! Super tranquilo. Nada de estrelismo. Ele tocou uma música para a imprensa, ganhei um CD dele e agora virei fã.
Então, vou fazer minha parte: para quem não conhece Yamandu Costa, vale (e muito) a pena procurar algo nas lojas (ou na net).
É isso.
Para o alto e avante!
Monday, December 04, 2006
Meninos, eu vi!
No dia anterior à conquista do bicampeonato Mundial de vôlei, dia 3, em Tokyo, Bernardinho lembrou: "para os brasileiros, no esporte não existe segundo lugar".
E por um bom tempo, pelo menos no vôlei, a máxima vai ficar valendo. Em quadra, um time unido, concentrado, com uma técnica apuradíssima deixou uma Polônia, a sensação do torneio, sem reação. Perdida.
Nestas horas, a vida de repórter é dura. A gente torce, e não torce. Vibra disfaçadamente. Respira fundo em alguns momentos decisivos e quase não se concentra no final do jogo. Afinal, temos de calcular todos os passos seguintes ao apito final do juiz. "Vou correr para aquele lado, falar com tal pessoa..."
Digamos que é uma adrenalina em dose dupla.
E assim caros, vi a partida em que o Brasil conquistou mais um ouro para sua coleção. Inesquecível.
Para o alto e avante!
Legenda: Essa foto captei no momento em que entrevista o André. O Giba apareceu do nada e surgiu o abraço na minha frente. De todos que tentavam tirar fotos da cena, acho que eu estava com o melhor ângulo...
O momiji
Momiji é o nome da árvore (Ácer no Brasil e Maple Tree no Canadá - aquela folhinha que tem na bandeira canadense).
Aqui, nesta época do ano assim como na primavera, os japoneses apreciam as folhas vermelhas, amarelas e laranjas do outono. Saem para ver a beleza delas...
Por que apreciar folhas das árvores? Bom, além de um espetáculo maravilhoso da natureza, essa cultura do "momiji" tem base no budismo (religião de boa parte dos japneses - apesar de que a maioria aqui é xintoísta).
Diz os ensinamentos budista que a vida da gente tem de ser transparente. Explico melhor: o ser humano, geralmente, apresenta duas faces. Queremos sempre apresentar o lado mais bonito, e o restante fica no quintal...
Já as folhas do momiji, no outono, mostram suas duas faces ao cair. Há um haikai (poema curto, numa tradução rápida), do monge budista Ryokan, que faz alusão a um viver transparente, no qual percebemos nossas “faces” sem tensões ou recriminações, como a folha do momiji, que troca de cor no outono e mostra suas duas faces (frente e verso) ao cair, participando naturalmente da renovação do ciclo da vida.
"As folhas de outono caem, mostrando a frente e o verso"
Ryokan
"Posso ver as folhas de bordo caindo, revoluteando ao sol do outono, mostrando as duas faces enquanto flutuam no ar até cair no chão. É uma vida natural. Sem fingimentos, sem preocupações, sem tensão. Assim como cai uma folha de bordo, assim como a água desce dos lugares mais altos, assim como a lua brilha - este tipo de vida nos dá paz e serenidade"
Gyomay Kubose Sensei (livro Budismo Essencial)
Então, acho que essa história de apreciar o momiji tem algo a ver com o budismo. Se tiverem outras sugestões de interpretação, por favor me escrevam. Vou ficar feliz de aprender mais.
Para o alto e avante!
Thursday, November 30, 2006
Uma foto e uma promessa
Enquanto isso, fiquem com mais fotos do meu "momiji".
para o alto e avante!
Wednesday, November 29, 2006
Mais outono
Não sei o porquê.
Mas este ano, por causa de uma matéria que tive de fazer, aproveitei e tirei um monte de fotos do outono.
Aqui vai mais uma fotinha...
Tuesday, November 28, 2006
Ah, o outono!
Gosto da primavera, do inverno, mais ou menos do verão. Mas adoro o outono japonês.
O que tem de diferente?
Bom, é frio e não é frio. Do jeito que gosto.
As árvores ganham o colorido mais bonito do ano.
Dá para tirar fotos lindas!
Não chove muito (se bem que este ano...)
Tem morango, pera... se bem que adoro melancia...
Não sei explicar direito, na verdade. Mas adoro o outono...
Para o alto e avante!
Saturday, November 25, 2006
Acho que vi um gatinho!
Esse da foto tirei semana passada. Até parece que ele estava posando para mim, não acham?
Thursday, November 23, 2006
Então é Natal!
Vou falar de Natal, apesar de achar que ainda é cedo para isso. Mas quero ajudar minha amiga blogueira Maíra, do Caravela Brasileira (http://caravelabrasileira.loginstyle.com/2006/11/22/blogagem-coletiva/).
No Japão, todos sabem, a maioria é budista ou xintoísta. Então dá para imaginar que por aqui Natal é apenas uma data comercial. Nada mais do que isso. Não há muita comemoração. A não ser dos comerciantes, que faturam horrores nesta época. Isto por que aqui é quase obrigação dar presente ou participar de festinhas de final de ano.
Assim como em países cristão, as lojas se enfeitam todas para atrair o público. Mas basta dar meia-noite do dia 25 que começa a correria para mudar os enfeites para os de ano-novo (bambu e folhas de pinheiro). Dia 26, quando você andar pelas ruas vai ver que a decoração de Natal já não existe mais. Ano-novo aqui é sagrado. É uma data importantíssima para a cultura local (depois, num outro post falo da cultura do hatsu).
Bom, hoje não estou muito inspirado. Depois escrevo melhor sobre o Natal.
É isso. Para o alto e avante!
Wednesday, November 22, 2006
Chega de avacalhação
Gosto de ouvir a opinião dos outros e sempre as respeito. De verdade! Posso até ser contra, mas respeito muito. E faço de tudo para não comprar briga.
Acho o fim da picada ficar discutindo miudezas.
Mas tem uma hora que a gente cansa de ser esculhambado! E para acabar com a avacalhação, vou ser anarquista daqui para frente. Só vou aceitar os comentários que eu quiser e achar dignos de serem publicados no meu simples, modesto e inofensivo blog.
Eu sou da seguinte teoria: não gostou, troca de canal. Vai buscar o que te agrada. Prá que vou perder tempo lendo uma porcaria de blog, se existem milhões de outros interessantes? Pior ainda: prá que vou comentar neste blog?
Amigos e leitores, desculpem-me o post revoltado, mas esse é meu sentimento hoje. Não entendo por que há gente neste mundo que se comporta como imbecil (e a gente sabe que não é, com tanta bagagem cultural e conhecimento de mundo...).
Bom, então está avisado. Daqui para frente, comentário só com minha autorização. E se for anônimo, vai perder tempo, pois nem vou perder tempo lendo...
Nestes anos como editor aprendi uma coisa boa: só de ler o lead já sei se o que vem pela frente é bom ou ruim...
É isso!
para o alto e avante!
Thursday, November 16, 2006
Mundo da Fantasia
Antes que alguém pense que vivo no mundo da fantasia, deixo claro que gosto de apreciar o que a vida tem de melhor. E sim, preocupo-me imensamente com os problemas sociais do planeta!
O fato é que a Disney me atraí. Confesso que já passei pelo mundo encantado mais de dez vezes. Na Disney Sea ainda estou na casa do um dígito, mas perto de chegar aos dois.
O engraçado da Tokyo Disney, vocês devem imaginar, é ver os japoneses encarnando o espírito Disney. E não falo só dos visitantes não. Os funcionários também. Tá certo que os personagens são todos estrangeiros, mas o ensemble e afins são japonesíssimos. Então, fico pensando que até eu tenho chances de trabalhar na Disney, vejam só!
Já na Disney Sea, eles tomaram mais cuidado, e a maioria dos atores são estrangeiros. Cola melhor, não acham!
Soa meio falso um show africano, com tambores e tudo mais, sendo feito por japoneses. Então, colocaram lá alguns negros e brancos, para dar mais realidade ao negócio. Entendem o que digo?
Bom, o fato é que gosto da Disney e me passou pela cabeça esses dias de ir fazer um teste lá...
Mas, pensando bem, eu não teria saco de grudar aquele sorriso na cara e aguentar as crianças e, principalmente, os adultos pentelhos. Nem se fosse como varredor ou catador de lixo!
É isso.
Para o alto e avante!
Tuesday, November 14, 2006
Tempos modernos
Refrigerante só no final de semana, danone uma vez na vida outra na morte e olhe lá...
Não sei se isso é ladainha típica de quem está vendo a idade passar a galope, mas acho que as coisas antigamente eram mais ingênuas e difícieis. Dávamos mais valor às nossas conquistas.
Lembro que para ganhar minha primeira Caloi, fiz o que o comercial da tevê mandava (peça sua Caloi!) e um pouco mais. Ganhei. E me estribuchei no chão logo depois de tirar aquelas rodinhas auxiliares.
Hoje, vejo meus sobrinhos com dois Nintendo DS e eu, que por anos sonhei com um Atari... nunca tive.
Mas agora eu posso, com meu próprio suor, comprar o que quero. Tenho dois Play Station, um Game Boy, i-Pod, celular, bicicleta...
Mas não é a mesma coisa! A ingenuidade ficou guardada, esquecida em algum lugar do passado.
Nem o leite condensado não tem mais o mesmo gosto...
É estou ficando velho!
Sou jovem!
Tinha uns 5 anos, não mais do que isso. Morava num distrito de uma cidade pequena. Dá para imaginar o tamanho da vila que eu morava. Lá, lembro-me claramente, havia apenas um telefone, que ficava na administração (tipo prefeitura) local. Quando alguém ligava, lá vinha a telefonista chamar (a pé mesmo). O nome dela, também me recordo, era Geni. Coitada! Naquela época fazia sucesso um música de Chico Buarque...
Bom, mas o fato é que cresci com a idéia de que telefone é para ser usado quando se quer falar com outra pessoa. E talvez por isso, ainda tenho certa dificuldade de me relacionar com o celular.
Não tenho uma única mensagem na caixa de email. Não sei como usar esse recurso!
Fotos? Três, no máximo!
Internet? Fico irritado em ter de entrar em milhões de telinhas...
Então, celular para mim continua tendo a mesma função do telefone residencial.
E pensar que aqui no Japão, hoje dá até para assistir tevê pelo celular, fazer compras (sim, ele funciona como uma carteira), passar pela catraca do metrô, do trem... dá até para fazer video-conferência!
Às vezes fico impressionado com a velocidade do desenvolvimento.
Ontem mesmo, a figura da Geni, magra, vestido de chita, cara de boazinha, no portão de casa para avisar que tinha ligação...
e olha que ainda sou jovem! Muito jovem!
Sunday, November 05, 2006
Notícias de vôlei
vocês vão achar que sou louco. Mas criei um novo blog. Mas este é para trabalho. Vou relatar tudo sobre o Mundial de Vôlei, até o último dia (3 de dezembro). Por favor, entendam o motivo de eu não poder atualizar este e nem o Ctrl+C, Ctrl+V.
Se quiserem, façam uma visita no outro blog e comentem por lá. Quem sabe eu não receba uma proposta do UOL se o blog fizer sucesso!
Aproveitem para dar nota 10 no meu blog. O endereço: http://japao2006.zip.net
Vejo vocês por lá.
Para o alto e avante!
Wednesday, November 01, 2006
Vida de desempregado no Japão
Faz duas semanas que passei a ser mais um por aqui.
Assim como eu, há por volta de 340 mil outras pessoas desempregadas no arqupélago! Fui em busca do seguro desemprego, que aqui é dado até àqueles que pedem as contas (meu caso). E pasmem: vou receber o auxílio por seis meses! Isso, é claro, se eu não arranjar outro emprego antes disso.
Pois, assim que eu arranjar outro emprego, vou lá e cancelo. Os japoneses, uma grande parcela, são honesto.
Mas, para garantir que você não está dando o golpe no estado, eles vasculham tudinho e, se descobrirem que você esta trabalhando, mesmo que informalmente, terá de pagar uma multa e devolver tudo o que ganhou do auxílio!
É isso!
Para o alto e avante!
OBS: Como bem lembrou o Marcos Tanaka, vou receber apenas três meses de seguro-desemprego. Só pessoas acima de 45 recebem seis meses.
Thursday, October 26, 2006
Crime perfeito
Tá certo! Antes que digam que filme é ficção, quero deixar claro que é apenas um gancho para falar destes filmes e a relação com o Japão...
Ocean Eleven (e a continuação Ocean Twelve) e Inside Man (com a insosa Jude Foster e o em forma Denzel Washington) são alguns exemplos de que crime perfeito existe sim!
Bom, mas que diabos de relação tem esses filmes e o Japão?
É que aqui crimes perfeitos não existem como nos filmes! A princípio tudo parece fácil (furtar uma carteira, levar produtos do supermercado...). Afinal, diferente do Brasil, aqui não se espera que uma pessoa faça isso. É cultural!
Mas fazem!
E são descobertos!
Vocês acreditam que nos grandes supermercados há mulheres (conhecidas como "caçadoras") que fingem ser clientes, mas na verdade ficam de olho em pessoas que estão furtando!
Outro dia uma equipe de tevê ficou um dia todo no supermercado com duas "caçadoras". E neste dia, três pessoas foram pegas!!! Três!!! Num só dia!
Pois é. Aqui tudo parece fácil quando se trata de crime! Mas não é!
Assim como em qualquer lugar que não seja num filme, o crime perfeito também não tem vez por aqui!
É isso!
Para o alto e avante!
Chororô
Mas, é sério. Japonês adora os temas: comida e história triste!!!
Tudo tem de ter comida no meio ou terminar em lágrimas!
Queria muito saber porque japonês adora sofrer! Bom, eu acabo sofrendo junto. É um mistério, assim como o levantado por alguns leitores deste ploc sobre a "magreza" dos japonese!
Eh isso!
Para o alto e avante!
Tuesday, October 17, 2006
Memórias de amanhã
Imaginem não conseguir lembrar mais do qua acabou de fazer, com quem falou, o que comeu no almoço ou sequer o nome da pessoa que mora com você.
Memories of Tomorrow (明日の記憶) conta a comovente história de um típico trabalhador japonês (Ken Watanabe), chefe de uma agência de publicidade, que dedicou 26 anos da sua vida ao trabalho.
De uma hora para outra, ele começa a esquecer de coisas importantes (reuniões, nomes de clientes etc). Resolve ir ao médico, a pedido da esposa (a excelente Kanako Higuchi). Ele descobre então que está com mal de Alzheimer.
Uma história simples, mas que emociona e, mais do que tudo, faz a gente parar para pensar se vale a pena tanto sacrifício por algumas coisas em detrimento da vida em si.
Confesso que tive de assistir ao filme duas vezes para entender todos os diálogo (não há legenda em inglês), e admito que chorei muito nas duas vezes. O filme é tocante. Esclarecedor. Pode até causar medo (principalmente naqueles que tem mania de doença, né Shi?)
O filme ensina também que o japonês pode parecer "frio" e insesível, mas eles sabem demonstrar o carinho e amor que sentem pela outra pessoa de forma menos escandalosa que nós ocidentais. O gesto, o olhar, as palavras...
A fotografia do filme é muito boa, principalmente a primeira cena, na qual você já imagina tudo. Já comecei aí a derrubar algumas lágrimas, nos dois primeiros minutos de filme!!
Bom, não vou contar o filme todo aqui. Assitam e depois me falem!
Para o alto e avante!!
Monday, October 09, 2006
Viciado em programas de teve
Dança com cachorro? A procura de um familiar que há muito tempo não vê? Um gato que pesa quase 12 quilos? Disputa de grupos de cheer leaders? Turismo? Quiz show?
Pessoas,
a tevê japonesa tem de tudo e mais um pouco!
Esses dias em que estou praticamente com o traseiro colado no sofá, só tenho é me divertido com os programas japoneses. E tenho até aprendido bastante o idioma. Há disputa (tipo quiz show) de kanji (os ideogramas japoneses).
O mais engraçado aqui, é que todos os programas, até os mais sérios, são regados a muita comida. Sim. Tudo tem de acabar com comida, ou tem de ter alguma coisa relacionada. É batata! Quiz show? O prêmio: uma baciada de cogumelos da época. Animal show? A matéria: restaurante para cachorros. Irmão que foi para o Brasil e nunca mais teve contato? Emprego dele no Brasil: plantador de pimenta ou de frutas tropicais...
Pessoas, é sério. Comida aqui faz parte de tudo. Até no telejornal eles fazem uma forcinha para falar de comida. E comer é claro. Sempre tem de ter degustação!
Outro dia um repórter guloso colocou um pedaço enorme não lembro do que na boca e depois não conseguia mais falar! O outro cutucou: "você tem de comer pouquinho, senão como vai falar?"
Minhas novelas da tarde: uma é sobre um trio de amigas que tem uma doceira. A outra novela: um pai de seis filhas que vivem o dilema do casamento. A profissão dele: doceiro. Ele tem uma loja de doces típicos japoneses.
Por isso é que engordo!!!
Bom, é isso!
Para o alto e avante!
Tuesday, October 03, 2006
Confissões da Karina
Até que foi fácil fazer a Karina Almeida, brasileira, jornalista e maior de idade confessar para o Meu Japão é Muito Mais Legal.
A conversa rolou solta, à vontade, num domingo de manhã, regado a café com leite e sanduíche de frango, uma semana depois do mais que esperado tour Confessions on a Dance Floor, da Madonna, em Tokyo.
Tanta empolgação para dar esta entrevista tinha um motivo, claro. Karina é fã da cantora pop. Mas não uma fã qualquer. Ela é daquelas que veneram mesmo a quarentona (quase cinquentona). Ah, mas não pensem que ela se veste como a musa, ou sai dançando por aí como ela. Ela também não carrega cartaz, não dá escândalo e nem se hospeda no mesmo hotel da ídola (e nem teria dinheiro para isso). "Esse negócio de fã tem limite né!", sacramenta.
Time goes by so slowly...
A conversa durou pouco mais de uma hora, mas foi o suficiente para ter certeza de que ela é realmente fã de Madonna e que o show de Tokyo foi muito especial para ela. Um parênteses: tenho de admitir que o show foi muito bom e que fiquei um pouco mais fã da cantora (sim, fui ao show dela também e fiquei ao lado da Karina!). Mas nem chego aos pés da nossa entrevistada, que esperou 13 anos para ver de novo um show ao vivo da Madonna.
Chega de enrolar e fiquem aqui com os principais trechos da entrevista:
Quando surgiu essa idolatria toda por Madonna?
Eu tinha uns oito anos quando ganhei o primeiro LP, o True Blue. Era pequena, mas lembro-me que adorava as músicas. Depois disso, passei a colecionar os LPs dela. Depois veio a era do CD, mas não dava para comprar tudo né.
Mas mesmo pequena, você entendia as letras, assimilava a forma rebelde da Madonna?...
Não tinha noção que ela era tão maluca. Mas aprendi muito inglês com a Madonna (risos)...
Que tipo de fã era você antes?
Até a faculdade eu recortava revistas, gravava programas de tevê, colecionava letras de músicas... tenho duas pastas de recortes...
Depois esfriou um pouco, mas agora voltei a colecionar coisas dela. Estou comprando DVDs, CDs...
Ah, e uso o perfume Jean Paul Gautier. O vidro é inspirado no corpo da Madonna. Faz sete anos que uso só esse perfume.
Você assistiu ao The Girlie Show... Como foi?
Em novembro de 1993 ela fez as duas únicas apresentações no Brasil até hoje. Morava em Belo Horizonte (MG), tinha 16 anos e não iria perder de jeito nenhum o show dela (um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro).
Falei com minha mãe e resolvemos ir para São Paulo. Ela só viajou comigo, disse que não iria ao show de jeito nenhum. Mas também não tinha como eu, uma adolescente, ir sozinha para o Morumbi. Arranjamos então um filho de um amigo do meu pai, que era fã também, tinha 30 anos na época e iria com a namorada.
Mas olha o azar. Os ingressos quem tinha comprado era uma conhecida de São Paulo. Uma semana antes do show ela ligou e disse que o escritório tinha sido invadido e que um dos ingressos tinha sumido. Essa história está mal contada até hoje. Surgiu então o dilema: quem iria? Eu, claro era uma. Mas olha só o problema. Não dava para eu ir só com ele, a namorada não ia gostar e nem deixar. Com ela também não dava. Não a conhecia e também quem era o fã era ele.
Resolvemos todos ir para São Paulo e tentar comprar de cambista. No dia do show, eles foram cedo para o Morumbi tentar comprar o ingresso. Foi passando o tempo e fui me desesperando, pois eles não chegavam e o local era longe. Eles apareceram lá pelas 18 horas. O show começava às 21h. Às oito estávamos na porta do estádio, mas tinha uma fila quilométrica. Quando deu 21h05, já estávamos na entrada, quando fecharam os portões pois o show tinha começado.
Como tinha um monte de gente para fora, começou um princípio de tumulto e então abriram os portões de novo. Mas já estava na terceira música!!! Olha que tragédia. Mas foi lindo.
Então você esperou 13 anos para ver a Madonna de novo...
Quando soube que eu viria para o Japão, minhas esperanças aumentaram. Afinal, é muito mais fácil ela incluir o Japão no tour do que o Brasil. Ano passado ela veio aqui, fez um mini-show só para convidados e alguns fãs. Teve um sorteio, mas não botei muita fé. Vários colegas se inscreveram e não é que uma amiga foi sorteada. Ela tinha direito de levar um acompanhante. Fiquei morrendo de pena dela, pois eram várias pessoas que queriam e mereciam ir. Eu tentei esquecer essa história. No dia do show fui até a porta tentar a sorte. Mas não deu para entrar...
Mas aí veio o Confessions on a Dance Floor...
Pois é. No dia do show até pedi folga. Fiquei nervosa, não tinha roupa... Mas o show, claro, foi maravilhoso. Ela é maravilhosa. Não é uma excelente cantora...
Ué? Então, o que a Madonna tem que te faz ficar tão emocionada assim?
Ela tem o poder de cativar. Ela é decidida, espontânea, inteligente, tem atitude, tem um jeito especial que faz com todos gostem dela. Ela, na verdade, é melhor dançarina do que cantora...
Olha, na verdade não entendo nada de música. Mas gosto muito dela. Só isso.
Você colocaria o nome dela na sua filha?
Não sou desse tipo de fã.
Tem algum sonho com ela?
Queria muito entrevistá-la.
Faria sexo com a Madonna?
Ai não vai dar...
Legenda: Na foto a Karina (esq.) ao lado da Shigueko, a sortuda que foi ver Madonna de pertinho (diz ela que ficou a 5 metros da Madonna).
Friday, September 29, 2006
Ó vida, ó céus!
minha vida começou a virar um inferno. Virei dono-de-casa, e agora minha rotina é acordar cedo para limpar a casa, lavar a roupa, fazer o almoço, botar os acolchoados (futon) para tomar sol...
Aliás, foi virando dono-de-casa que percebi algumas singularidades da sociedade japonesa. Só quem não trabalha é que pode assistir a programas à la Ana Maria Braga na tevê. E há de tudo, vocês podem imaginar. Tem um que eu adoro: ensina como reutilizar coisas "imprestáveis" ou idéias geniais para economizar com a despesa da casa!
E pensar que os japoneses ganham bem o suficiente para ficar dando um "jeitinho" de economizar ao máximo!
bom, outro dia vi um programa de um pai de oito filhos, separado, que foi morar numa ilha lá embaixo (Oshima) porque lá ele ia pagar só Y 3 mil de aluguel! Gente, para quem não tem noção deste valor, seria em dólares algo como US$ 30 dólares. É muiiiiiito barato. Passou ele procurando um imóvel e tinha uma casa gigantesca por Y 30 mil o aluguel. Até me passou pela cabeça ir morar lá. Mas desisti. Ia fazer o que na ilha? E lá só tem umas 500 pessoas!!! Eu, que não suporto marasmo!!!!
E foi também na tevê que vi um documentário em horário inapropriado para trabalhadores sobre uma família que faz udon (um dos vários tipos de macarrão do Japão). Na verdade, a história era de um rapaz que foi lá aprender a fazer udon. Ele ficou dois anos ralando mesmo. Não gastava nada e, no final, ele ia abrir uma lojinha de udon na cidade dele. Foi super legal.
E agora está em cartaz aqui no Japão um filme que se chama Udon e, adivinhem, foi filmado lá na lojinha desta família de fabricantes do macarrão.
Ontem, assistindo à tevê naquele horário inadequado para os assalariados, mostrou a lojinha desta família de novo. E não é que agora eles são o maior sucesso!!! Chegam a vender no final de semana 2 mil pratos de udon. Gente, se eles vendem esse prato por Y300, dá Y 600 mil num só dia!!!
Êta sorte!
Bom, por hoje é só!
Agora tenho de lavar a roupa! hehehe
Para o alto e avante!
Tuesday, September 19, 2006
Churrasco no rio
Não. Não é no Rio de Janeiro, infelizmente.
Neste verão, pessoas, tive duas experiência interessantíssimas aqui no Japão: fui a dois churrascos na beira de rios. Este, para quem não sabe, é um dos programas preferidos dos brasileiros e de muitos japoneses no verão. A diferença eu não preciso nem citar. Ou preciso? Bom, para garantir total entendimento: nosso churrasco é beeeem melhor.
Os dois lugares em que fui eram de tirar o fôlego. O rio manso, que desce da montanha, água geladinha, convidativa para um bom banho. Banho sim, porque era raso e não dava para mergulhar. O legal daqui do Japão é que há lugares apropriados para se fazer churrasco até na beira dos rios, com infraestrutura e tudo mais. O pessoal acampa por lá, há banheiros e muita diversão por perto. Digo, se você se encher de ficar o dia todo por lá, sem fazer absolutamente nada, pode tentar outra atividade: pescaria, descer o rio de bote etc.
Um dos churrascos foi em Shimizu, na província de Shizuoka. O outro foi em Gunma (a cidade não me lembro agora). Nesta última, após a churrascada resolvemos fazer budougari (colheita de uva).
Aqui no Japão é muito comum a colheita de frutas da época. Você paga uma taxa para entrar e comer a vontade por tantos minutos. Ou você paga o que colher. Foi o que fizemos. Colhemos alguns bons e generosos cachos de uva de duas variedades e pagamos por quilo. Ah, neste caso, a gente pode escolher o cacho após experimentar uma das uvas daquele cacho. Infelizmente não pude tirar fotos.
Bom, por hoje é isso.
Para o alto e avante!
Monday, September 11, 2006
Férias
agora estou de férias. Será que permanentes?
Bom, o fato é que hoje acordei com um sonho: estava preocupado com o fechamento (toda segunda é dia de fechamento, dos pesados).
É, tô vendo que ainda não consegui me desligar do trabalho.
bom, mas é isso
Para o alto e avante!
Monday, September 04, 2006
Papéis invertidos
alguém já foi entrevistado?
Eu já. E confesso que detesto esse papel. Prefiro ser o entrevistador, sempre. Afinal, o curioso-fofoqueiro-perguntador sou eu.
Mas dias desses tive de dar uma entrevista para uma colega de profissão e amiga nas horas vagas. Tudo porque criei um novo blog, que modéstia (esse é meu "sobrenome") à parte, é genial. A entrevista, para quem quiser conferir está no Meu Japão, da Karina Almeida.
Bom, mas deixemos os pormenores... o que eu quero falar é da sensação de ser entrevistado. É simplesmente horrível, por mais que a entrevistadora te deixe à vontade. Nem questionário/enquete para pesquisa eu gosto de responder. Sinto-me invadido!
Mas não é a primeira vez que dou entrevista. Já passei por essas situações algumas pares de vezes. E olha que nem sou importante!
Nessas horas, as palavras somem, o vocabulário encolhe e, sempre escpa lá um "muito legal", "legal", "super legal", "legalzinho"...
Pior é falar para o rádio ou para a tevê. É a morte para mim.
E pensar que quase fui ser radialista! Afe!
bom, é isso.
Para o alto e avante!
Sunday, September 03, 2006
O Japão ainda me surpreende
Hoje fui a um festival brasileiro. Era alusivo ao 7 de setembro. Semana da Pátria.
Sabia que ia ter muita barraca de comida típica. Música, dança e tudo aquilo que lembra o nosso país.
Porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia... era uma festa para japoneses!
Bem, assim foi divulgado o negócio. E realmente tinha muito japonês e gringo na festa. Mas tinha também muitos brasileiros!
Bem, de qualquer forma me diverti bastante por lá. Voltei com a roupa e o cabelo cheirando fumaça de churrasco e isso me encheu de saudosismo...
Uma cena curiosíssima: uma senhora ficou plantada, de cócoras, em frente aqueles assadores de frango assado (tevê para cachorro), esperando o tal do frango assado. Uma repórter chega e pergunta: "o que a senhora está fazendo?"
Com um sotaque típico, e lendo em katakana a placa em frente: "furango assado!"
Depois de 30 minutos vem o cara da barraquinha: o frango tá pronto minha senhora, e entrega um embrulho!.
Ela, docemente: "Tigao yo! Roku desu yo!" - ou algo: Está errado! Eu quero seis!
Eh, o Japão ainda me surpreende.
Eh isso,
Para o alto e avante!
PS: interessantíssimo o comentário do Afi, no post anterior. Vale a pena conferir a a trama proposta por ele.
Thursday, August 31, 2006
Agora é que estou perdido!
voltei. E como diz Roberto Carlos, e agora é prá ficar! Porque aqui, aqui é o meu lugar!
Para os que não sabem ainda, pedi as contas do meu atual emprego.
Chega! Agora é hora de investir em alguma outra coisa. Então, enquanto procuro emprego vou ter muito mais tempo para incrementar meu ploc!
Para piorar (ou melhorar), criei um novo ploc, o Ctrl+c, Ctrl+v. Espero que gostem dele também.
É isso,
Para o alto e avante!
Tuesday, May 23, 2006
Para os curiosos
estou sabendo de tudo sobre um monte de gente. E vou contar tudo aqui. Com a devida autorização dessas pessoas, é claro!
Não, não. Meu ploc não vai virar um centro de informações fúteis. É só para dar um brilho à minha volta triunfal ao mundo dos plocs.
É isso.
Aguardem amanhã tudo sobre o misterioso corajoso que pediu a Karie em namoro e também sobre o vírus da maternidade...
Para o alto e avante! (Tava com saudades dessa frase...)
Monday, May 15, 2006
Pessoas, acho que voltei
Pessoas, Se vocês acham que eu sumi de vez, ledo engano (adoro essa palavra, ledo. É feia, mas gosto). Como a Karina já anunciou, agora estou conectado ao mundo de novo. Só que meu computador está com sérios problemas de memória... Mas resolvi arregaçar as mangas e voltar a escrever. Um impulso perfeccionista, típico dos capricornianos, tomou conta de mim e agora vou voltar a alegrar a vida de vocês. Bom, é isso. Para o alto e avante!!!! |
Monday, March 27, 2006
Pessoas, não sumi
sei que vocês estão com saudades. Mas não pensem que abandonei meu ploc. Estou com problemas de conexão. Quer dizer, nem conectei meu computador ainda.
Lembram-se? Estou na fase da mudança. Mudei de cidade, mudei de cargo, mudei tudo. Só os cabelos continuam iguais.
Bom, o fato é: até semana que vem nada de internet. Talvez até meados de abril...
mas não desistam. Vou estar sempre por aqui.
Bjos e abraços a todos
Monday, March 06, 2006
Vou virar maratonista
Minha chefe tem razão. Vou virar maratonista. Esses dias tenho corrido tanto que quase não sobra tempo nem para ler meus emails particulares. Que dirá atualizar o blog ou visitar os dos meus amigos.
Mas, é uma correria gostosa. A Rachell foi tomada por um impulso otimista, que acabou me contagiando. Já estava mais tranquilo e animado, mas agora quero é colocar a mão na massa logo.
lado B
Outro dia li um artigo muito legal. O título era "caiu a ficha". Falava de termos que correm o risco de morrer, como cair a ficha. O termo surgiu na época em que havia muitos orelhões e fichas no Brasil. Como a moeda nunca foi estável, inventaram a ficha, para não ter de ficar trocando o sistema dos aparelhos. Mas hoje, na era dos celulares, quase não existe mais orelhão. Ficha então...
Lado B é outro termo em desuso. Para quem só nasceu na era do CD, lado B era aquele lado do bolachão (disco de vinil) onde estavam as melhores músicas...
Tem ainda: "queimar o filme". Na era das câmeras digitais, não dá mesmo para queimar o filme...
e posta-restante? Lembram-se da música de Chico Buarque, Futuros Amantes?: "O amor não tem pressa/Ele pode esperar/Em silêncio/Num fundo do armário/Na posta-restante/Milênios, milênios no ar"
Pois é, como bem lembrou o Maurício, o tempo passa e, ai que saudade dos meus 20!!!
Bom, é isso por hoje
Para o alto e avante!
Thursday, March 02, 2006
Mudança é coisa de pobre
Primeiramente quero agradecer as manifestações. Marianne, Ednéia, Roberto, Karie, Rachell, Bruxa do 3º: valeu mesmo!
Mas esse post será inspirado num fato que a Ednéia, minha amiga de faculdade -- apesar dela ter feito Educação Física, nós vivíamos juntos, mais a Tati. Trabalhávamos juntos, na verdade --, lembrou. Já morei em vários lugares. Sou praticamente um cigano. Um nômade mesmo. Daqui a pouco perco as contas de quantos lugares eu passei. Bom o fato é que mudança para mim sempre foi coisa de pobre.
Um dia hei de ser rico para quando tiver que mudar, não precisar levar nada. Compro tudo novo.
No segundo ano da faculdade, resolvi mudar. Saí da república e fui morar sozinho. Como sempre, tinha muita mudança. Como fazer? Chamei a Ednéia e a Tati, é claro. E fizemos a mudança. E é verdade: colocamos uma geladeira num Gol (Wolks), daqueles antigos (o carro). Foi uma comédia.
Acho que fizemos umas dez viagens para levar tudo. Foi muito, mas muito engraçado mesmo.
Mas é isso. Por hoje é só
Para o alto e avante!
Tuesday, February 28, 2006
Ainda os preparativos
Antes de mais nada, gostaria de agradecer o apoio dos amigos. Sinto-me (a Karie detesta o português polido, e correto. Na verdade, ela detesta ênclises e conjunções coordenadas adversátivas) bem melhor hoje. E quero deixar claro aqui que apenas usei a expressão da Rachell. Ela nunca me disse que eu era uma fraude!!
Bom, o fato é que resolvi fazer como o Emerson e não me preocupar com os outros. Sei que existem milhões de plocs e tenho de admitir que o meu pelo menos tem leitores assíduos. Poucos, mas tem.
No mais, ainda estou nos preparativos para a mudança. Tem tanta coisa aqui em casa. Já dei dois sacos de roupas, panelas, tupaveres (tapaueres, tapaware, tupaware... ou simplesmente recipientes de plástico), apetrechos de cozinha, comidas etc.
Mesmo assim, ainda tenho milhões de coisas aqui. Acho que só de CD, DVD e livros já dá umas duas caixas grandes...
Mas agora estou muito mais animado. As coisas estão dando certo e tenho "dois braços direitos" que me dão muito apoio: o Kuni e a Rachell.
Bom, gente é isso.
Estou me animando. Para o alto e avante!
Sunday, February 26, 2006
Preparativos
Pessoas,
estou meio decepcionado com meu ploc. Parece que ele não decola nunca. Agradeço, de coração, meus leitores assíduos. Os de sempre. Já fiz propaganda, já fiz promoção e nada. Ouço muitos dizerem que lêem, não sei se por piedade, por eu ficar enchendo o saco ou só para dizer que leram mesmo.
Inspirei esse post num outro, escrito pela Karie, do Meu Japão é assim... Ela estava triste com o ibope. Eu estou é arrasado. Já teve post colocado aqui que não teve comentário nenhum!!! Gente, será que tá tão ruim assim?
Estou até pensando em deletar esse ploc e criar outro. Ou melhor, fazer igual ao Emerson, do Project Andromedra. Criar um espaço só para mim. Só para eu anotar coisas e rascunhar textos...
Preparativos para mudança
E por falar em mudar coisas, estou à toda no preparativo para me mudar para Tokyo. Voltar para a capital japonesa me dá um certo frio na barriga. Não pelo fato de voltar a morar lá, mas o novo serviço... Às vezes fico pensando se tenho capacidade e experiência suficientes para assumir algo tão importante... Como diz a Rachell, ¨EU SOU UMA FRAUDE!!!¨
É sério. Acho que sou um anarfa, não entendo nada de nada e mal consigo ter uma constância nos meus textos. Tem uns ótimos, que até eu fico surpreso com a qualidade. Mas tem outros... Não entendo de artes. Não entendo de informática (hardware e afins). Não falo japonês direito. Não consigo discorrer sobre teorias sociais. Sou péssimo em filosofia e, apesar de adorar geopolítica, não entendo muitas das gerras civis... Há uma infinidade de coisas que não sei e, por isso mesmo, será que sou ou estou apto a comandar uma equipe??? Ai, dúvida cruel...
Bom pessoas, é isso.
De qualquer forma, para o alto e avante!
Friday, February 24, 2006
Muito trabalho
não estou conseguindo escrever aqui diariamente. Muito trabalho. Sei que alguns pensam que eu não faço lá tanta coisa, mas eu estou atolado de serviço para fazer. Os fósforos do meu cérebro estão se acabando aos quilos. Mas eu gosto é assim: ter sempre algo para fazer e, de preferência, coisas que me dêem muito trabalho. Gosto de desafios.
Bom, então este post era só para me desculpar pela falta de educação com meus leitores.
É isso. Para o alto e avante!
Wednesday, February 22, 2006
O Japão é incrível: comida
Hoje vou falar de comida. Estou meio sem paciência e tempo para cozinhar. Quando isso acontece, recorro a algumas comidinhas rápidas, fáceis e baratas aqui no Japão. Uma delas é o ochazuke, uma espécie de ensopado de arroz com alguma coisa. Adoro. Ou então, arroz com furikake (uma espécie de pó com vários sabores para colocar sobre o arroz) ou disukemono (legumes em conserva). Mas o que mais gosto de fazer e comer é natto. Hoje mesmo eu comi arroz com natto. Só. Ah, e uma salada de moyashi (broto de feijão).
Natto é, na verdade, soja fermentada. Uma delícia. Entretanto, grande parte dos estrangeiros detestam. Muitos japoneses também não comem. É a comida divisora de águas por aqui.
Quem não come, diz que não o faz por causa do cheiro e da aparência melequenta. Mas tenho de admitir que é uma das comidas que mexe com nosso cinco sentidos. Tem gente, como o Carlos, que não suporta nem olhar para o negócio.
Eu, para melhorar -- ou piorar -- o prato, acrescento um ovo cru e shoyu (molho de soja).
Abaixo, um pequeno texto em inglês, que tenta explicar o tal do natto.
Rotten Soybeans! Toxic! Do not eat!
Natto, fermented soybeans, is part of an elaborate joke played on foreigners in Japan.
Of our five senses, sight and smell tell us that natto is not something to be put near our mouths. If you can imagine putrid beans covered in slime, you don't even need to open the packet. It's most popular in Tokyo, where the smell of the filthy ocean makes natto seem fragrant.
Vou arranjar uma foto para vocês.
Por enquanto é isso. Para o alto e avante!
Tuesday, February 21, 2006
O Japão é incrível: tecnologia
Pessoas,
vou começar aqui mais uma série. Agora quero falar mais sobre o Japão, sobre a sociedade, as comidas, os diferentes costumes, a tecnologia... são coisas que muitos conhecidos, amigos e familiares que estão no Brasil ou em outro país sempre me perguntam.
Para começar, vou falar dos parques indoor -- especial para Maíra, do Caravela Brasileira.
Há algumas semanas ela me enviou um email perguntando se era verdade que aqui no Japão havia praias indoor, artificiais. Pois pasmem. Aqui foi construída a maior praia artificial do mundo. Fica em Miyazaki, ao sul do Japão. O nome é sugestivo: Ocean Dome. Dá para imaginar a grandeza do local né?
Sol, areia e surf, no melhor estilo paradisíaco e sem dever nada à Mãe Natureza. Lá a praia é imaculadamente branca, a água do mar azul turqueza e o céu quase que totalmente "aberto", sem nuvens -- quando há sol de verdade do lado de fora, o teto se abre por completo!!! Não há insetos, areia voando ou pernilongos. A temperatura é sempre agradável, por volta dos 30 graus, 365 dias por ano. Há um vulcão de mentirinha, que a cada hora solta fumaça e expeli fumaça e lava de mentirinha também. As árvores são artificiais. As ondas também. Mas é, sem dúvidas, um paraíso para Beach Boys nenhum botar defeito. É uma versão moderna, poderíamos dizer, do Jardim do Éden. Nem Deus imaginou uma praia tão perfeita. Os japoneses sim.
Vejam as fotos. Elas foram enviadas pela Maíra. Não sei a fonte e nem o crédito.
É isso. Para o alto e avante!
Thursday, February 16, 2006
Mais micos...
esse mico quem fez eu e a Rachell pagar foi a Karie.
Lembro-me como se fosse ontem do dia em que levei as duas para conhecer e serem conhecidas pela Embaixada do Brasil em Tokyo. Aquela formalidade toda.
Tudo corria tranquilamente. Eles perguntavam, as duas respondiam. As duas perguntavam, os diplomatas respondiam. Temos uma relação bem boa com a representação brasileira e isso deixava a conversa mais tranquila e informal.
Mesmo assim, tomávamos todo cuidado com as palavras etc e tal. Eis que num determinado momento, a Karie ficou muda. Não falava nada. De repente, no meio da conversa, ela levanta a mão. Todos olham para ela.
"Posso perguntar uma coisa?"
"Sim, claro", responde amável e educadamente.
"Onde é o banheiro?", lança.
Eu e a Rachell fizemos aquela cara. E para piorar, o diplomata ofereceu o banheiro da própria sala. Imagina a gente tendo de ouvir a cachoeira! Foi um micão!
É isso. Para o alto e avante!
Wednesday, February 15, 2006
Mico??
a Rachell tá inspirada. Lembrou de várias situações nas quais pagamos mico... mas que valeram boas e ótimas risadas.
Na mesma Foodex do post anterior, fomos tomados de um ímpeto glutão. Queríamos experimentar de tudo. E este foi o maior erro. O TUDO. Num certo estande, estavam servindo um suco de mix de vegetais e frutas. Tinha três tipos. Peguei um e, como já estou acostumado com esse tipo de bebida, ela desceu naturalmente. Mas a Rachell, coitada. Ficou ali, com o copo na mão, em frente da mocinha do estande, sem saber o que fazer. "Ai, é horrível. O que faço?" Jogar não dava. Fazer careta muito menos. "Tá vendo? Olho maior do que a barriga no que dá?" Eu, é claro, só ria. No fim, tive de tomar o suco dela. Não tinha outra saída.
Quem não gosta de sorvete?
A pergunta é intencional. Com certeza, são pouquíssimos os que não curtem um gelato. Mas certo dia, eu a Rachell fomos novamente para uma incursão gastronômica. Era um tipo "museu" do sorvete, em Tokyo -- Ice Cream City. Lá, é claro, tem sorvetes do mundo todo, de todo tipo e variedade. Uma tentação! Mas fomos lá por causa de uma seção exótica: sorvetes diferentes -- ou seria melhor, esquisitos? Só um detalhe: neste local, uma espécie de parque de diversões, há também um museu do gyoza, aqueles pasteizinhos chineses. Há de todo tipo também.
A variedade era imensa. Então, como não dava para experimentar todos, fizemos um jogo. Eu iria lá comprar um, ela experimentaria sem saber e tentaria adivinhar do que é...
Morri de medo, pois lá tinha sorvete de camarão, de lula, de pepino e tudo o que a sua mente pensar...
No fim, tomamos sorvete de carne de cavalo crua, com pedacinhos da carne, de dorian (aquela fruta que cheira bueiro e privada de banheiro público), de beringela, de vinho e a Rachell ainda tomou de frango assado.
Para terminar, fui tomar um de yogurte com mel, para tirar aquele gosto horrível da boca.
Foi ótimo!!
Olha a nota que saiu num site americano sobre o local:
Japanese ice-cream lovers have swapped traditional flavours such as raspberry ripple for something a little more exotic - horse-flesh.
As Tokyo swelters in soaring temperatures, people are being invited to cool off by choosing from a variety of unusual flavours.
Garlic, potato and lettuce, and cactus and seaweed along with raw horse-flesh are now available in Japan's shops.
Adventurous ice cream lovers not tempted by those flavours could try soybean and kelp or strawberry and spinach.
É isso. Para o alto e avante!
Tuesday, February 14, 2006
O mico da Foodex
Pessoas,
a Rachell lembrou e resolvi contar aqui o mico da Foodex. Antes que alguém pense besteira, Foodex é uma feira enorme de comida (corruptela de food e exposition) realizada anualmente aqui no Japão. O Brasil sempre participa e traz novidades que vão invadir o mercado japonês.
Teve um ano em que fui com a Rachell. Fomos fazer uma série de matérias para o caderno de variedades.
Tudo corria tranquilamente -- ou quase, pois o espaço lá é enorme e, depois de experimentar de tudo, não havia estômago que aguentasse e nem pernas que suportasse o aumento do peso -- quando paramos em frente a um estande de sei lá o que. Tinha um chef de cozinha preparando ao vivo e em cores um delicioso prato Belga (não me lembro se era belga ou de outro país europeu). Enfim, ficamos ali olhando e disse a certa altura: "vai lá Rachell, fala com ele se podemos tirar foto e pegar a receita", pois tínhamos uma coluna no caderno em que um chefe de cozinha dava uma receita. Ficamos naquela enrolação até que resolvemos nos aproximar. A primeira pergunta: "Hello, What are you cooking?"
Ele disse o nome do prato e, na sequência, falou para esperarmos ali do lado do estande que ele já iria servir para todo mundo. Meu Deus! Quase morri de vergonha. Ele pensou que estávamos ali feitos urubus a espera da carniça!
Depois, ao explicar o que queríamos, soou mais como uma bela desculpa.
É claro que nem comemos nada. Fomos embora dali rapidinho. E eu me esburrachei de tanto rir!!!
Ah, sem contar que passamos mal de tanto misturar comidinhas. Também, toma iogurte de leite de cabra e, na sequência experimenta suco de vinagre e ainda come bala de sei-lá-o-que... não há estômago que resita.
Mas foi um dia memorável!
Valeu Rachell! Para o alto e avante!
Monday, February 13, 2006
Cerimônia do mochi
Sexta-feira. Era final do dia. O sol ainda brilhava forte, mas o frio era intenso. O vento forte influenciava na sensação térmica e, ali, de pé sobre o solo úmido, a sensação não era das melhores. O pé, que já costuma ser frio, estava era congelado.
Mas o fato de ver uma tradição diferente, e ainda mais ao vivo, fazia meus pensamentos voarem longe. Como seria? O que eu teria de fazer? Calculava onde iria ficar e como iria pegar o máximo de bolinhos de arroz (mochi) que desse. Enquanto voava nas idéias, a dona Antonia, agarrada no meu braço só tremia de frio e questionava quando aquela tortura da natureza iria terminar.
Já eram por volta das 16h15, quando a família, proprietária da casa chegou. A cerimônia estava marcada para 16h30 e, tinha certeza de que não teríamos atraso, uma atitude imperdoável por aqui.
Para quem não está entendendo nada, explico melhor: na sexta-feira participei de uma cerimônia realizada quando se está construindo uma casa nova. Os donos da casa têm de jogar mochi (bolinho de arroz) da casa em construção para dar sorte etc e tal. Quem pega esses bolinhos e come, terá sorte também. Só não pode assar e nem grelhar o mochi, pois o kanji (ideograma) é o mesmo de pegar fogo, ou seja, a casa pode ser tragada por um incêndio. Então, como ninguém quer o pior -- lembram-se que disse que os japoneses são muito supersticiosos --, o melhor é comer o tal bolinho ensopado mesmo. Foi o que fiz.
Quando cheguei ao local, fiquei espantado com a quantidade de idosos. E todos muito bem preparados com cestas e sacolas enormes. E fui perceber depois que eles nem eram vizinhos da família. Apenas ficaram sabendo e, é claro, foram lá pegar os bolinhos. Vocês não têm idéia de como esse alimento é sagrado para os japoneses. Afinal, na época da guerra, era um dos poucos suprimentos que as famílias tinham e que durava muito tempo guardado.
Na hora de pegar os tais bolinhos, eu e a dona Antonia só ríamos. Era muito engraçado. Lembrei-me da minha infância, nas festinhas de aniversário, quando estouravam aquela bexiga enorme cheia de guloseimas e a criançada lá se matando para pegar os doces. Era a mesma coisa, só que ao invés de crianças, idosos. Fui empurrado, amassado e passado para trás. Tudo por causa de um bolinho. Ah, e por idosos!!
Foi divertido. Peguei o mochi e aprendi mais sobre a cultura local. Valeu mesmo.
É isso. Para o alto e avante!
Friday, February 10, 2006
Para não cometer gafes... como eu!
outro dia fui a um restaurante aqui em Hamamatsu. Pedi um seto (set, em inglês) do dia. Vinha algumas comidinhas japonesas e nada de muito especial. O legal desse restaurante é que você pode pedir okawari (reposição) do arroz. Nunca pedi. Mas naquele dia estava com muita fome e resolvi pedir mais um pouquinho. Mas eu queria só um pouquinho mesmo.
Veio a atendente. Eu, com meu tosco japonês, pedi: gohan o sukoshi kudasai (um pouco mais de arroz por favor). Ele perguntou: ippai desu ka?
Ippai, para mim, sempre significou bastante, em abundância (que palavra feia!).
Então eu lancei: Ippakunai. Sukoshi dake (Não muito. Só um pouquinho).
Ela insistiu: ippai desu né?
E eu: Chigau. Sukoshi. (Não, só um pouco)
Então, ela começou a fazer gesto. Só então entendi e, depois, confirmei com meus amigos que falam japonês. Ippai quer dizer também uma pá de arroz.
Olha o fora!!
É isso. Para o alto e avante!
Thursday, February 09, 2006
Meus amigos
Caras e bocas
Pessoas,
Essa é minha última semana em Hamamatsu, a cidade da música (aqui tem fábrica da Yamaha e Kawai, sem contar as faculdades de artes), do unagi (enguia grelhada), do motocross (muitas corridas de motos) e das fábricas de automotivos (Yamaha, Honda, Suzuki). Ah, e a cidade do vento. Venta demais em Hamamatsu. Literalmente, aqui é o lugar onde o vento faz a curva.
Pois vou encerrar minha participação por aqui e queria deixar registrado meu carinho pelos meus colegas, companheiros de trabalho e amigos: Dna. Antonia e o Ken. Vou sentir falta das bobagens que a gente fala a toda hora...
Apreciem aqui os melhores cliques que fiz deles. Olhem as caras e bocas da Dna. Antonia!!! Ah, numa das fotos (a menor, e última) ela está com o Sergio, um conhecido dela daqui de Hamamatsu.
É isso. Para o alto e avante!
A vida é bela 2
Wednesday, February 08, 2006
Padrão?
Pessoas,
Ontem fui ao Nathan's. Para quem não conhece é uma rede famosa de cachorro-quente lá de Nova York. Inclusive, quando visitei a Big Apple pela primeira vez, acabei conhecendo quase que "sem querer" a primeira loja da rede. Ela fica no subúrbio da cidade, cerca de uma hora distante da ilha de Manhattan, na beira da praia, em Coney Island. Nesse lugar -- no bairro -- você parece que está no interior dos Estados Unidos. Tudo muito pacato. Nem parece a agitada Nova York -- essa é uma dica legal para quem for para Nova York, visitar Coney Island. Bom, esse cenário bucólico já serviu de pano de fundo para vários filmes. Um exemplo? Big, quero ser grande, com Tom Hanks. Lembram-se daquele parque de diversões onde o menino coloca a mão numa máquina da sorte e pede para ser adulto? Pois é, o parque existe e só funciona no verão, diga-se de passagem. Vale a pena mesmo visitar o local.
Bom, voltando ao Nathans, para quem não conhece, é a famosa rede que promove o anual concurso para ver quem é o louco que come mais cachorros-quente em 12 minutos. Há cinco anos, o vencedor é um japonês, que come 50 e tantos lanches no tempo estipulado!! Ninguém consegue vencer o moleque. E olha que ele é bem magrinho.
Por que estou falando do Nathans? Bem, fui ontem numa loja da rede que fica aqui no Japão. Há pouquíssimas franquias fora dos Estados Unidos. E qual não foi meu espanto ao ver o local! Muito chique. Diferente das lojas nos Estados Unidos, bem no estilo Mac Donalds, no Nathans do Japão você é recebido por um atendente, que te leva a uma mesa. Nada de ficar na fila. O cachorro-quente, pasmem, vem num prato de louça, todo chique.
O sanduíche, se querem saber, é o mesmo dos Estados Unidos. A famosa limonada também. Só que ao invés de vir num copo de papel, cheio de gelo e enorme (pensem no padrão norte-americano), ela vem num copo de vidro.
Foi legal matar a saudade de Nova York em plena Tokyo, mas era tudo muito fresco. E o pior, a gente tem de pagar por toda essa "comodidade". Eu e o Carlos gastamos 3 mil ienes (cerca de 35 dólares) só para comer dois hot dogs e tomar dois sucos. Ah, pedimos ainda um queijo delicioso frito. Mas é demais não acham?
Bom, é isso. Para o alto e avante!
Sunday, February 05, 2006
Estou de volta...
Pessoas,
depois de uma temporada de andanças pelo Japão, vou voltar para Tokyo. Foram 18 meses longe da agita capital japonesa. Aprendi muito sobre os vários Japão, a cultura, o povo, a comunidade brasileira espalhada pelo arquipélago. Foi uma ótima experiência. Adorei. Agora, vou traçar novos objetivos na minha vida e conhecer um pouco mais da grande Tokyo.
A foto que ilustra essa postagem foi tirada no dia em deixei a redação em Tokyo. Espero que os mesmos amigos estejam me esperando de braços abertos...
É isso. Para o alto e avante!
Saturday, February 04, 2006
Minha Primeira Vez - a estréia!
recebi o primeiro texto sobre primeira vez...
A primeira a participar da promoção é a leitora/blogueira Maíra Bandeira de Portugal. Ela nos conta aqui como foi a primeira vez... que viu neve! Lindo o texto. Até me encheu os olhos de lágrima também... já contei aqui que sou chorão mesmo.
Então, chega de lero-lero e vamos ao texto.
A Minha Primeira vez!!! Na Neve...
Para participar da promoção do Meu Japão é Muito Mais Legal do Ewerthon, eu resolvi contar como foi a minha primeira vez que vi neve. Bom, na realidade a primeira vez que vi neve foi em uma montanha em Denver, no Colorado, mas daquela vez vi apenas aquele branquinho já no chão, sem muita emoção... Tudo bem que joguei bolas de neve nos amigos, fiz snow angel e até rolei na neve, me diverti um bocado e por muito tempo aquilo foi contado como uma vitória para os amigos que nunca tinham visto, mas não é essa a primeira vez que quero contar, essa não foi emocionante...
Quero contar a primeira vez que vi neve caindo, sim porque para quem já viu neve sabe a grande diferença que isso faz. Ver aqueles floquinhos brancos cairem do céu como que por milagre e alterar completamente a paisagem que você estava acostumada a ver... É disso que quero falar. Então, deixa eu parar com essas introduções e ir direto ao ponto.
Era um domingo em Kearney, Nebrasca – EUA e eu dormia tranquilamente, quer dizer, não assim tão tranquilamente porque eu tinha de acordar a determinada hora para ir trabalhar em um jogo de futebol americano que ia ter na universidade [Eu estava lá estudando e fazer esses trabalhos nas lanchonetes era uma forma de aumentar meu rendimento para conseguir viajar pelos Estados Unidos]. Antes que o meu famigerado despertador tocasse, tocou o telefone, que eu fui atender muito chateada pensando quem seria o chato que iria ter a coragem de me acordar antes do meu despertador! Ninguém tem esse direito!!! E assim se passou o telefonema:
- Maíra, tava acordada?
- Claro que não, sabe que horas são?
- Acorda!!!! Tá na hora!!! Liguei só para te dizer que não precisa ir trabalhar hoje, não vai ter jogo.
- Ah não?! E porque?
- Você já abriu a janela? Abre!!
Qual não foi o meu espanto quando abri as persianas da janela e vejo lá fora aqueles floquinhos brancos caindo... Meus olhos se encheram de lágrimas, eu só queria sair correndo lá para fora com a minha máquina fotográfica para registrar o momento e mandar as fotos como um troféu para o Brasil, até esqueci o telefone... Depois de alguns segundos apreciando o espetáculo lembro do amigo que me deu a maravilhosa notícia e, já com um sorriso no rosto, voltei ao telefone:
- Está nevando!!!!!! Que lindo!!!! Vem pra cá, vamos tirar fotos e brincar na neve!!!!
- Estão todos indo para o catering tomar café da manhã e de lá sairemos todos.
Desliguei o telefone e liguei de imediato para o Brasil, tinha de dizer aos meus pais, tinha de falar para alguém que estivesse vendo aquilo.
- Pai!!! Ta nevando!!!
- Mãe, ta nevando!!!!
Acho que eles nunca entenderam muito bem a minha euforia naquele dia, só quem vê isso de perto, só quem vive esse momento entende. Troquei de roupa, fui encontrar com os outros brasileiros que também nunca tinham visto e estavam lá todos, virados para as paredes de vidro do restaurante com os olhos cheios de água, apreciando a maravilha da natureza. Vimos a paisagem sendo pouco a pouco coberta com aquele manto branco, sendo modificada por completo. Tiramos fotos, brincamos de guerra de neve, escorregamos... Foi mesmo incrível!!!! Ainda me emociono quando vejo a neve cair, não tanto quanto aquele dia, claro.